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sábado, 3 de abril de 2021

A estreia da F1 na Band: Será que tem futuro?


Após muita expectativa e muita divulgação por parte da emissora, na semana passada finalmente tivemos a estreia da temporada 2021 da Fórmula 1 na Band. Como já noticiado aqui, a emissora paulista adquiriu os direitos das temporadas 2021 e 2022, buscando o fã de automobilismo que se sentia deixado de lado pela Globo após alguns anos de mal tratamento. A Band não poupou esforços para atrair o máximo de atenção possível para a F1: Entrevistaram Reginaldo Leme, Mariana Becker e outros nos programas da casa; prometeram passar o pódio (coisa que a Globo jogou pro GE faz muito tempo); e ainda tentaram atrair o fã mais hardcore de automobilismo exibindo em horário nobre o filme Rush - No Limite da Emoção (um SENHOR filme) que conta a história da rivalidade entre James Hunt e Niki Lauda na Fórmula 1 dos anos 70, contando com comentários de Sérgio Maurício e Reginaldo Leme que estava lá e viu essa rivalidade de perto.
 

A exibição do filme não era apenas para um esquenta da Fórmula 1, mas sim para preparar a faixa das 22h45 para a estreia de Dr House na semana seguinte (no caso ontem), o filme deu entre 1.3 e 1.5 de média.
 
No sábado, 12h, foi ao ar o treino classificatório para o GP do Bahrain, meio que sem muitas expectativas já que a audiência rotineira do horário era na faixa dos 0.5, e nem era uma ideia da Band passar todos os treinos na TV aberta, apenas o primeiro para chamar atenção das pessoas, e deu certo. Com um treino cheio de momentos emocionantes como a rodada de Mazepin que causou Vettel ficando de fora do Q2, ou a dobradinha inesperada da Ferrari do Q2 com Carlos Sainz batendo Leclerc por apenas um milésimo, a pole de Max Vestarppen marcou um resultado modesto, mas satisfatório: 2 de média, 2.5 de pico e venceu a Record no fim do treino, dando uma amostra do que viria no domingo.  
 

No domingo a Band começou cedo com as atividades na F1: Começaram o Show do Esporte as 9h e fizeram um esquenta da F1 com várias matérias, participação de Emerson e Pietro Fittipaldi e a participação do polêmico Nelson Piquet, que deixou sua marca falando AO VIVO "Ainda bem que a F1 saiu da Globo lixo" para o desconforto geral de todos ali presentes (a maioria ex "Globo lixo"). Antes mesmo da corrida começar a audiência já estava alta e só aumentou no decorrer da corrida, que foi muito boa por sinal. A corrida marcou 5.1 de média, 6.2 de pico e chegou a passar a Record (que exibia Todo Mundo Odeia o Chris) por alguns minutos, uma audiência gigante comparada ao índice habitual da Band nos domingos. Vale ainda citar que a Mariana Becker (que sempre foi genial) conseguiu falar exclusivamente com o vencedor da corrida Lewis Hamilton e conseguiu arrancar pérolas dele como ele querer viajar para Natal e os Lençóis Maranhenses (se falar com o Vestarppen dá pra desenrolar).
 
Claro que ainda tem muitas coisas a melhorar, por exemplo a falta de patrocinadores, visto que só a claro anunciou na corrida, mas eles ainda tem mais 2 semanas pra resolver esse tipo de coisa para a próxima etapa, em Ímola, mas com o decorrer da temporada e a consolidação dessa audiência os anunciantes farão fila para a F1. No meu último post sobre o assunto eu apostei que dificilmente a audiência passaria de 2 ou 3 pontos, mas que bom que eu estava errado. Claro que foi só a primeira corrida, mas a transmissão deixou um gostinho de quero mais na boca de todos, é uma transmissão que conversa com quem entende e quem não entende de F1. 
 
E claro que a audiência não foi a mesma que daria se fosse na Globo, porque a verdade é que o que o brasileiro gosta mesmo não é de esporte, é de assistir a Globo (a Libertadores 2020 no SBT não me deixa mentir), mas o fato da F1 marcar uma boa audiência, colocando a Band na briga pela audiência nos domingos é de se ficar muito feliz, mostrando que existe vida fora da maior emissora do país, resta saber se por quanto tempo. 

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