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domingo, 22 de outubro de 2017

Por que as pessoas vão em estreias de filmes?

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Esse é um post mais reflexivo, sem nenhum planejamento, foi só um pensamento impopular que tenho que resolvi tirar do meu coração. Recentemente eu conversava com uma pessoa sobre filmes e a gente chegou ao assunto estreias, então comecei a pensar com força em uma coisa: Por que as pessoas vão a estreias no cinema? Eu pensei, refleti e refleti e não achei resposta, não entendeu minha raiva? Vem que você vai entender.    

Como é bem óbvio, quando tem uma estreia (que é uma coisa nova) eu tenho certeza que você se agita e pensa "aí meu santo pingu, eu não vejo a hora de ir naquele cinema e assistir esse filme, eu quero ver tanto que eu quero ser a primeira pessoa a entrar na sala para ver meu filme" até aí tudo bem, todos são livres para fazer o que quiserem, mas tem um problema nesse pensamento: Não foi só você que teve esse pensamento, mais umas milhões de pessoas tiveram essa mesma ideia que você, então o que acontece? milhões de pessoas correm pro cinema no mesmo dia, lotando o shopping (minha cidade é um lixo, só tem cinema no shopping) pra comprar o ingresso. E o pior é que ainda tem gente que compra pela internet, ou seja, pra esses ingressos se acabarem é em dois passos, então aí vai seu sonho pro saco.        

Outro fator que me faz odiar as estreias é que tudo fica mais caro, o que é bem normal, já que se muitas pessoas estão lá, nada melhor do que aumentar preço disso, daquilo e etc, é aquela velha história de oferta-demanda que o capitalismo trouxe (se você quer mesmo isso se ferra aí trouxa, ontem isso aqui era 10 temers, hoje é 159,99. E se você reclamar pode ir chorar na cama, mas sem seu brinquedinho) O cinema fica tão caro que não lembra uma estreia, mas parece que estamos homenageando o diretor que acabou de morrer (aliás, não sei o que é mais lucrativo: Vender uma coisa nova ou vender uma coisa de alguém que acabou de morrer, deixe aí nos comentários).           

Aí vocês vem com o argumento "ah, mas estreia é legal por que você encontra os fãs do filme que você gosta e conversa com eles e tals, você se fantasia, você brinca e etc"  Ah, então você quer fazer convençãozinha? Será mesmo que vale a pena gastar o seu dinheiro, seu esforço, seu tempo pra ir algumas horas pro shopping passar vergonha vestido de Darth Vader? Se quiser fazer isso, sempre existe os eventos de anime pra você ir, os Anime Friends, os Nippon da vida, lá certeza que vai ter gente igual a você pra você conversar e se seu cosplay for bom o bastante, você ainda pode ganhar coisas com isso no fim de tudo.   

Outro ponto que se fala muito é a questão dos spoilers, que quem vai na estreia é imune aos spoilers, mas será que essas revelações são coisas tão ruins assim? É um pecado tão grande assim? Eu digo que não. Recentemente em uma entrevista no The Noite, o ator Eri Johnson falou sobre spoilers e o que ele disse coincide com o que eu penso sobre esse "crime", ele diz que apesar que você saiba que fulaninho morreu, você não sabe quem matou, por que essa pessoa matou, o que aconteceu com o assassino, então, você não devia pensar no spoiler como um desmancha-prazeres para a sua experiência, mas sim como um combustível a mais para ver o filme, mas se você realmente não quer ser otimista a respeito e quer evitar qualquer revelação do enredo, só tem uma revelação pra você: Fique longe de páginas/pessoas que vão falar sobre o filme, seu idiota!

Pra fechar, eu só queria colocar que eu não estou querendo diminuir quem gosta de ir em estreias, eu só tô falando que EU não faço, porque o cinema vai tá uma zona de cheio, e é capaz de não ter comida e nem ingresso pra você e se tiver, vai ser muito caro, ou seja, será mesmo que não vale a pena esperar pelo menos uma semana pras coisas voltarem ao normal pra que você possa assistir ao filme na maior tranquilidade possível, pagando mais barato? E tudo isso pra quê? status? Esse status é falso, os críticos já viram o filme antes de você, então se desesperar por isso é só burrice (na minha humilde opinião).   

Se você concorda/discorda, comente aqui em baixo, e você também pode fazer sugestões para posts futuros.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

O Bilhete Premiado (resenha com spoilers)


Hoje, na primeira resenha que faço aqui no blog (espero que a primeira de muitas) um livro talvez não muito conhecido de vocês, O Bilhete Premiado, de Paulo Galvão.   

Paulo Galvão é um jornalista, radialista e escritor nascido em julho de 1970, em Minas Gerais, passou boa parte de sua carreira trabalhando em jornais locais nas áreas da capital do pão de queijo, além de manter um blog sobre futebol e Rock desde 2009. Seu trabalho mais conhecido for ser apresentador da Rádio Bandeirantes desde 1998, mas foi demitido esse ano no dia do jornalista. O Bilhete Premiado foi o único livro escrito por Galvão.   

O livro conta a história de Jorginho, um garoto de 18 anos que não quer nada com a vida, repetiu várias vezes o primeiro ano, não tem emprego e não dá nenhum sinal de melhora. Ele sempre entra em embate com sua família por não tomar jeito e não ajudar (já que a família é pobre, mas mesmo assim mantém o marmanjo numa escola particular, porque isso é uma coisa inteligente de se fazer) mas tudo iria mudar depois que Jorginho comprou um bilhete de loteria e fez uma aposta ridícula, sendo ridicularizado por seu amigo Edgar, Pilinha, o vendedor estelionatário, Alfredo, um bandidinho que sempre quebrava o Jorge de porrada e por sua família, mas quando o resultado do bilhete saiu e ele foi sorteado, chocou a todos, mas também trouxe muitos problemas, como a invasão de Alfredo em busca do bilhete.      

Logo após isso, é revelado ao leitor que Pilinha na verdade havia trocado o bilhete de Jorginho, já que ele tinha um esquema ilícito com a mulher da lotérica, tornando assim o bilhete falso e produzindo um plot bacana de se ver, já que deu um fôlego legal para a história, apresentando novos conflitos a serem resolvidos. 

O livro também toca em questões interessantes, como o preconceito social e racial, tudo isso incorporado em Luciana (amiga que era apaixonada por Jorge) tendo em vista que ela era uma garota negra, pobre, que só estudava em uma escola particular por causa de uma bolsa que ela ganhou por sua mãe trabalhar lá, mas a mãe dela morre atropelada e ela passou agora a ser responsável pela casa e pelo seu irmão, Pilinha, que como já vimos, é uma alma sebosa. Luciana enfrenta bastante preconceito diariamente, mas em um trecho particular, ela é humilhada por Cláudia (garota que Jorge era apaixonado) e por sua amiga, e faz um discurso emocionante para Edgar sobre como negros são tratados em espaços que supostamente não são deles, como em escolas particulares.        

Agora chegamos nas partes que tenho um pouco de problema a digerir, vamos lá: Pilinha escapa do apartamento com um Fredão armado e foge para a sua casa para contar tudo pra Luciana, ele explica a história, Luciana não acredita, então ele a leva na lotérica para eles falarem com a mulher que é parceira no golpe pra comprovar a história e pegar sua parte, mas ela diz que a máquina que eles usam para o golpe foi levada embora e que na verdade o bilhete era mesmo premiado. Até aí tudo bem, agora vamos pra parte que realmente me entristece, que é o final, que é Jorginho e Luciana se resolvendo e começarem a namorar, só que o seguinte, Luciana após que se comprovou que o bilhete era verdadeiro ela não fez nada, ela não avisa a Jorginho e nem foge com dinheiro, ela simplesmente guardou e não fez nada, o que me deixa confuso, já que as duas famílias precisavam do dinheiro, por que não unir o útil ao agradável? Os dois podiam ter ficado juntos e resolvido sua maior preocupação, que era a financeira, era o final perfeito, mas não, e realmente eu não entendo a intenção do final, se era passar uma lição dizendo que o dinheiro não é tudo e tals, mas nada disso foi mostrado, ela simplesmente não contou do bilhete e acabou, fim da história.   

O Bilhete Premiado é uma história rápida e curta (o que me fez gostar do livro desde o início) mas mesmo assim é repleta com ótimos momentos, mas esse final realmente fez o livro decair um pouco no meu conceito, por isso que a nota é 6,5/10. Paulo Galvão até agora só escreveu esse livro, o que é uma pena, porque mesmo com um final um pouco desgostoso, ele tem potencial para escrever uma boa história, só precisa de mais experiência.

E é isso por hoje, se quiser recomendar um livro para eu fazer uma resenha (obviamente só depois de eu ter lido, então paciência) deixe sua sugestão nos comentários.