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sexta-feira, 10 de maio de 2019

5 Covers que ficaram melhores que a música original


Músicas covers são coisas muito comuns no universo da música. Todo mundo já deve ter visto algum vídeo na internet de uma pessoa não tão conhecida fazendo versões de músicas famosas. Teve gente que até ficou famosa com isso, que é o caso da Mariana Nolasco, que começou lá atrás com vídeos modestos no seu canal tocando músicas de vários artistas e acabou ganhando muita notoriedade, ao ponto de hoje em dia produzir músicas autorais e conseguir lançar um álbum. 
Mas e quando artistas consagrados resolvem embarcar nesse ideia? Seja no início da carreira ou no final dela, vários cantores famosos e com grandes carreiras já fizeram covers, alguns bons, outros nem tanto, é verdade, mas existem os casos em que o aprendiz supera o mestre, e a versão fica tão boa que a pessoa que fez o cover acaba, sem querer, recebendo a autoria da música, já que as pessoas associam a tal música mais a você do que ao artista original. Então aí vão 5 covers que ficaram melhores que a música original. PS: Na minha humilde opinião. 

5-  Twist and Shout (The Top Notes, Isley Brothers e Beatles)   

Você sabia que Twist And Shout não é uma canção original dos Beatles? Parece loucura pensar, mas é a verdade. A música teve três regravações, todas elas acontecendo num intervalo de 2 anos. A primeira aconteceu em 1961, com o grupo The Top Notes, sendo lançada como B-side em um single do grupo, a música tinha uma pegada mais dançante da versão que todos conhecem. Já em 1962, o trio Isley Brothers, com o auxílio de Bert Berns (um dos compositores originais) lançaram uma nova versão da música no estilo do Rock, numa versão bem mais parecida com a que os Beatles lançaram, em 1963, no álbum de estreia do grupo. A história daqui pra frente todos nós já sabemos: Os Beatles viraram a banda mais icônica do Rock e pouco mais de 20 anos depois, a música apareceria no filme Curtindo a Vida Adoidado, sendo eternizada para sempre na história da música. E nós podemos dizer que apesar de poucas diferenças, é errado imaginar o Ferris Bueller cantando outra música que não seja a versão dos Beatles de Twist and Shout.   

4- Handbags And Gladrags (Mike d'Abo, Rod Stewart e Stereophonics)   

 

A música que é conhecida por ser o tema da versão Britânica de "The Office", Handbags And Gladrags, assim como Twist And Shout, também teve três gravações diferentes, uma melhor do que a outra. 

A música foi originalmente escrita por Mike d'Abo, em 1967, mas o ex vocalista do Manfred Mann apenas lançou sua versão em 1970, numa pegada meio folk e um pouco country, mas antes disso, o então estreante no cenário da música Rod Stewart estava para lançar seu primeiro álbum, e nele estava uma versão da música de d'Abo, numa versão que contava com uma roupagem diferente, com a intervenção de um piano e com uma outra melodia, a música veio a ser lançada em 1969.  

Em 2001, a banda Stereophonics resolve fazer a sua versão da música. Sendo um dos destaques do seu então novo álbum Just Enough Education To Peform, a banda galesa lança uma versão mais pesada da música, com guitarras mais presentes e graves, mas ainda mantendo a mesma roupagem que Rod deu a música. A versão foi um sucesso e até hoje a música é uma das mais aclamadas pelos fãs da banda.   

Alguns podem discordar, mas para mim, a versão da Stereophonics é a melhor das três, pois por mais que ela mantenha a mesma base da versão de Rod Stewart, e Rod e Kelly Jones (vocalista da banda) tenham uma voz parecida até certo ponto, a melancolia, o sentimento está mais presente na versão da Stereophonics, o que faz ela se destacar para mim.   

3- Mad World (Tears For Fears e Gary Jules)    




Numa época em que o new wave e Depeche Mode eram bem populares, surgiu uma leva de músicas depressivas que você pode dançar (hoje em dia nós temos isso com a Lana Del Rey) e seguindo essa ideia, o grupo Tears For Fears lança uma música no mínimo curiosa. Com o lançamento do álbum The Hurting, um dos singles desse álbum fez grande sucesso no ano de 1982, esse single era nada mais nada menos que a música Mad World, uma letra escura, depressiva, mas que tinha uma batida bem energética, o que tirava a música do patamar de músicas tristes e a colocava num patamar de músicas melancólicas.

Alguns anos depois, em 2001, o filme Donnie Darko era lançado no mundo, e além de confundir as pessoas, esse filme também trouxe uma nova versão da música de Tears For Fears, interpretada na voz de Gary Jules. A música ganhou uma roupagem ainda mais escura e depressiva, sendo reproduzida um pouco mais lenta e minimalista, a música acabou virando um sucesso ainda maior, ganhando uma sobrevida e sendo imersa de vez na cultura pop, mas infelizmente os créditos acabaram caindo para Gary Jules e não para Tears For Fears, fazendo com que as pessoas desassociassem essa música deles.   

Apesar de eu preferir a versão original, eu coloquei essa música aqui porque é totalmente compreensível entender por que essa música virou o que virou após o cover. O trabalho feito na melodia casou perfeitamente com a letra, e como a música estourou bastante em trabalhos como Donnie Darko e Riverdale, resolvi dar um crédito, mesmo gostando mais da primeira versão.  

2- Running Up That Hill (Kate Bush e Placebo) 
 


Seguindo a linha de músicas depressivas que dá pra dançar, a cantora britânica Kate Bush lançou na década de 80 a versão original da música, que como vocês podem ver, é literalmente uma música triste que você dança (no caso a própria Kate Bush dançou) diz a lenda que essa música foi feita para a mãe da Kate que estava com câncer na época, e a música retrata a tentativa dela de salvar sua mãe fazendo uma troca para morrer no lugar dela. Pesado, né? Mas o que a gente vê no vídeo clipe é ela dançando a rodo, como se não houvesse amanhã. Tipo, a mãe dela está para morrer, mas não tem problema, vamos dançar aqui.   

Talvez eu não tenha entendido alguma coisa ou não entenda muito de pop para falar sobre essa música, mas definitivamente a versão da Kate não me agradou, mas o cover da música feito pela banda Placebo, em 2003, definitivamente me tocou. Você consegue sentir de fato todo o peso da letra, com uma melodia que fez a música mais justiça, ainda mais quando você assiste a promo da luta final entre Undertaker e Shawn Michaels na Wrestlemania 26, que essa música está presente, você consegue entender porque esse cover ficou melhor que o original. 

1- Hurt (Nine Inch Nails e Johnny Cash)
 



Talvez o melhor cover da história, a música Hurt foi inicialmente lançada pela banda Nine Inch Nails em 1999, com pouca badalação por trás da banda, mas no final de 2002, o lendário cantor Johnny Cash regrava essa mesma canção, o que é considerado o último trabalho dele antes de sua morte em 2003.   

A música além de ser muito bem repaginada por Cash, virou icônica por um número gigante de motivos. Um deles é que além de ser o último trabalho do cantor, acertou em cheio no timing, já que o vídeo da música faz meio que uma reflexão sobre a carreira e tristezas de Cash, e como ele veio a falecer poucos meses depois desse lançamento, acabou virando um hino sobre ele e fez um momento legal de fechamento em sua vida, como se Johnny Cash tivesse lançado a música sabendo muito bem que morreria pouco tempo depois.   

A música original é muito boa também, e apesar de poucos, também teve seus momentos de exposição na mídia, mais precisamente no final da segunda temporada de Rick e Morty, já a versão de Cash já apareceu em vários filmes, mais recentemente a música apareceu no filme Logan, de 2017. Sobre o cover, a banda Nine Inch Nails disse que se sentiu orgulhosa que Johnny escolheu sua música para fazer um cover, e que hoje em dia a música é mais de Johnny Cash do que do Nine Inch Nails.