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sábado, 16 de dezembro de 2017

O Guia do Mochileiro das Galáxias- Resenha

 

O Guia do Mochileiro das Galáxias é o primeiro título da série de cinco livros escrito por Douglas Adams, em 1979, uma obra de ficção cientifica non-sense que além de criar vários spin-offs como uma radionovela, uma minissérie e um filme, também teve um impacto muito grande na cultura pop e nerd em geral, já que foi o motivo para o dia 25 de maio ser considerado o “Dia da Toalha” no qual os fãs do livro saem com uma toalha, que de acordo com o livro é o artefato mais importante que uma pessoa pode ter.   

Nesta resenha, serão analisados todos os aspectos positivos da obra, além dos pontos negativos da trama, dos personagens, do foco narrativo da história, entre outros assuntos. 

O livro tem cerca de 204 páginas, 35 capítulos (em média de cinco a dez páginas para cada um dos capítulos) que tem o foco direcionado na história e alguns capítulos estão no livro para explicar o funcionamento/significado de algumas coisas de acordo com o Guia do Mochileiro das Galáxias, estes por sua vez costumam ser mais curtos.  

A história começa quando Arthur Dent, um britânico comum, está tentando impedir que sua casa seja demolida pela prefeitura, que quer construir um desvio no terreno de sua moradia, nesse meio termo, seu amigo Ford Prefect aparece, e ele conta a Arthur que não é originário da Terra como Dent achava que ele era, e sim de um planeta próximo a Betelgeuse, mas havia sido enviado a terra para aprender mais sobre o local e escrever o capítulo da Terra no Guia do Mochileiro das Galáxias (enciclopédia galáctica que também é o livro mais vendido da história, até mais do que a bíblia) e que a Terra seria destruído em pouco mais de dez minutos pelos Vogons (as criaturas mais horrendas da galáxia) para construírem um desvio intergaláctico no lugar que fica a Terra (irônico, não?), assim Arthur e Ford escapam pela nave dos Vogons para fugir da explosão do planeta. Os dois até tentam se esconder na espaçonave dos alienígenas, mas acabam sendo encontrados pelos seguranças e sendo levados para o capitão Vogon, que recita poesia para eles (o que é o terceiro pior castigo que se pode aplicar, já que a poesia Vogoniana é algo horrível) e após não conseguirem convencer os Vogons com sua reação positiva sobre o que acabaram de ouvir, Arthur e Ford foram jogados no vácuo do espaço, que possibilita apenas 30 segundos de vida para as pessoas, mas depois disso acabam morrendo, então no último milésimo possível aparece magicamente a nave Coração de Ouro, que graças ao seu gerador de improbabilidade infinita faz com que a nave se tele transporte para qualquer lugar no modo aleatório, que coincidentemente fez com que a nave aparecesse no mesmo lugar que os dois estavam, milésimos de segundo antes que o oxigênio deles acabasse.      

Dentro dessa nave eles encontram a tripulação formada por Zaphod Beeblebrox, presidente da galáxia que havia roubado a nave e primo de Ford, Tricia McMillan (Trillian), que conheceu Arthur em uma festa à fantasia em Islington, que acabou fugindo com Zaphod na nave e junto com Dent, era a única terráquea ainda sobrevivente, Marvin, o robô “Androide Paranoide” que era depressivo e pessimista e só falava como a vida era uma perda de tempo, e Eddie, o computador da nave que coordenava tudo, desde cálculos até a pilotagem automática da nave. Depois de papo entre todos, Zaphod diz que quer encontrar a resposta para a pergunta da origem da vida, do universo, e tudo mais, e sabia que a resposta só poderia ser encontrada no lendário planeta de Magrathea, que era algo impossível de ser encontrado, mas num golpe de sorte, Zaphod consegue fazer a nave captar o sistema do lendário planeta, que por sua vez ativa o sistema automático de segurança do planeta contra a nave, com mísseis lançados contra eles, mas numa jogada esperta e desesperada de Arthur, o gerador de improbabilidade infinita os lança para a superfície de Magrathea, evitando totalmente o impacto dos mísseis.   
Chegando em Magrathea, Zaphod, Trillian e Ford resolvem explorar o planeta enquanto Arthur resolve ficar junto de Marvin, e por acaso, acabam encontrando um homem local chamado Slartbastfast, que tem o trabalho de criar planetas (inclusive criou a Terra) e então ele mostra Arthur coisas como o processo de criação de planetas, quem realmente dirige o universo, e claro, a resposta para a pergunta sobre a vida, o universo e tudo mais, e o resultado de tudo isso é algo surpreendente.

Muitos leitores tem uma relação de amor e ódio por esse livro, o que faz a obra ser um divisor de águas, ou seja, ou você ama ou odeia: Os que amam são os que apreciam todas as piadas, críticas e criatividade envolvida na obra, e os que odeiam não conseguiram entender a graça nas piadas non-sense e todos os furos no enredo e de coisas que não ficaram bem explicadas, e eu até concordo com esse lado, o “Guia do Mochileiro das Galáxias” por mais que tenha vários prós, tem seus contras também, principalmente nos furos de roteiro/falhas de conexão da história (como por exemplo o momento que Marvin ficou dormindo no canto em Magrathea e no final apareceu normalmente, como ele sabia o que estava acontecendo? Ninguém acordou ele) o que pode ser atribuído a preguiça de Douglas Adams que pode ser percebida nos outros livros também. Não é por que a história tem uma temática non-sense que tem que ter furos no roteiro.   
Mesmo com alguns pecados, o livro tem bastante coisa boa também, uma das mais fáceis de citar é a criatividade e a grandiosidade das ideias, o humor britânico inteligente que é remanescente do Monty Phyton, já que Adams foi roteirista de lá, também as várias críticas que podemos dizer que são atemporais, que variam de sátiras aos problemas urbanos da Inglaterra e até mesmo a religião, então recomendo com gosto o livro para pessoas que tem uma mente aberta para novas experiências, que não tem medo de ter seus padrões de leitura desafiados, porque é exatamente isso que esse livro é, o precursor na moda de humor com ficção científica que criou maravilhas como Futurama e o sucesso do momento Rick e Morty, um caminho alternativo pra quem nunca foi muito fã da seriedade de Star Wars/Star Trek, o tapa na cara mais fritante que o leitor de romance tomou até hoje, com uma história complexa, “O Guia  do Mochileiro das Galáxias” e todos os outros livros da saga são necessários na sua prateleira. 
Douglas Noel Adams (11 de março de 1952- 11 de maio de 2001) foi um escritor e comediante britânico que escreveu roteiros para o programa Monty Phyton’s Flying Circus na década de 70 e foi o criador da radionovela/saga de livros O Guia do Mochileiro das Galáxias. Adams iniciou sua carreira como escritor após se formar na universidade, em 1974, e passa boa parte da década de 70 viajando até a Turquia como mochileiro. Tudo começou a dar certo em 1977, quando Adams conhece Simon Brett, que tinha conexões com a BBC. Os dois começaram a produzir um programa que misturasse humor com ficção científica para a rádio, e assim nasceu o Guia do Mochileiro das Galáxias. Além dos dois já citados, Adams teve mais trabalhos em sua carreira, como por exemplo colaborar e escrever um livro para a série Doctor Who e também a saga Dirk Gently. Adams morreu aos 49 anos, em 2001, após sofrer um ataque cardíaco. 

domingo, 10 de dezembro de 2017

Porque você deve jogar Sr Presidente?



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Você está cansado desta classe política brasileira que nada mais é do que um conjunto de ratos sujos de esgoto que só querem saber do próprio umbigo? Você pode ser o executador dessa mudança (ou ser o cara que vai ferrar com tudo de vez) Sr Presidente é um jogo de mobile lançado no ano passado, no qual o objetivo principal é ser o presidente (quem diria?) da República Federativa do Bananistão (porque nosso país só tem bananas) lidando com todos os problemas econômicos/políticos/morais do Bananistão e conseguir ficar os quatro anos.   

- Um leque de opções e vários destinos possíveis   

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O jogo é bem simples: O país tem quatro grupos principais (População, políticos, movimentos sociais e exército) e para conseguir se manter no poder, você precisa agradá-los, e para fazer você precisa escolher quatro tipos de ação: Orçamento, decretos, ética e poder. Nesses grupos você pode escolher ações que mexem com os direitos humanos, a economia, a saúde, educação, informática, pesquisas científicas e etc. Dependendo do seu rumo e quanto os grupos estão com raiva, algumas coisinhas podem acontecer, e essas coisinhas podem acabar com o seu governo, como por exemplo: Impeachment, investigações da Lava Jato, revolta armada, tentativas de assassinato e etc  

- Ser honesto ou não ser? Eis a questão 

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Além de te dar a opção do que fazer no jogo, o jogo te dá a chance de agir do jeito que você quiser, mesmo não sendo um jogo que não tem o envolvimento direto do Diagrama de Nolan, o jogo te dá a chance de agir de acordo com suas ideologias políticas. Se você quer ser durão, autoritário e direitista, você tem a chance. Se você quiser ser populista/estadista/esquerdista, essa é a sua chance, mas claro, você também pode ir cortando os gastos e ser um adepto do liberalismo, e vai estar tudo bem, o ponto é que além da variedade de caminhos, o jogo te dá a liberdade de fazer exatamente tudo que você quiser, sem falar que o jogo está sempre atualizando, o que sempre mantem a experiência nova.     

-O Veredito

Sr Presidente é um jogo sensacional pra quem é leigo em política e quer ter uma base mínima de como entender esse universo corrupto e complicado, é o tipo de game que faz o tempo rodar no tédio. Com visuais simples e fáceis de se gostar, o jogo simplesmente consegue ser perfeito em todos os aspectos, por isso mesmo, a nota é 10/10, então o que você tá fazendo aí sentado? baixe esse jogo.



sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

10 jogos mais legais que joguei na minha infância

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Essa nem é minha coleção
Jogar videogame sempre foi uma das minhas diversões na minha vida, perdi vários dias, horas, meses fazendo isso, e mesmo não sendo uma criança de família rica e não tendo muitos consoles (fato que já citei aqui) tive uma bela experiência com os jogos, seja no PS2 ou no PC, e agora vou listar os jogos que eu mais gostava (e gosto) na minha infância. 

10- Super Mario Flash  




Ah, Click jogos, quanto tempo passei da minha vida jogando em você. Foram diversas horas jogando coisas como Dkicker (joguinho de futebol simples que tinha quase todas as ligas do mundo no modo mata-mata, chupa FIFA) Hobo (um mendigão invocado que saia quebrando todo mundo na porrada) e claro, Super Mario Flash.     

Era uma época que eu não conhecia emuladores de N64 e o único jeito de ter contato com os bigodudos era pelo Click Jogos. Claro que minha vida lá não era simples, eu passava muita raiva jogando, especialmente os níveis 3 e o 5 (que tinha a batalha com o Bowser) e inclusive nunca consegui zerar o jogo, mas a raiva em falhar os níveis ainda é a mesma.   

9- Guitar Hero   

 

Quem nunca teve o sonho de sair por aí com uma banda de Rock e bancar o superastro dono do mundo? Eu posso dizer que realizei esse sonho... mais ou menos. Jogar Guitar Hero foi uma das experiências mais bacanas que tive (mesmo que eu não tenha jogado com a guitarra) pois graças a esse jogo que comecei a me interessar por Rock e conhecer mais bandas para aumentar a playlist.

Mas óbvio que o jogo não era legal só por causa disso, também é legal por todos os seus elementos de história (o III por exemplo tem participações de vários guitarristas famosos, como o Slash) que tornava mais mítica a jornada para se tornar uma lenda do Rock.   

8- Speed Haste 




Eu não sei se vocês lembram, mas nos anos 2000 uma coisa muito comum era a venda de revistas de jogos que vinham com CD's-ROM nela, esses CD's prometiam de 150 até 1000 jogos grátis para você, mas nunca entregavam esse número exatamente, se o CD prometia 300 jogos, na verdade tinha uns 100 pra você jogar, e boa parte desses jogos eram demos, ou jogos toscos feitos em flash, mas como eu não tinha um PC bom ou um vídeo game, eu nunca reclamava, e pra ser sincero, muitos jogos que eu gosto hoje eu descobri graças a esses CD's, dentre eles, nós temos o primeiro que vai aparecer aqui na lista: Speed Haste.   
Esse jogo trouxe a simulação de F1 antes da franquia oficial tornar isso bacana, o jogo é ambientado em 1995, o que foi um ano depois da morte de Ayrton Senna, mas como o jogo não dava nomes pra os pilotos/equipes, eu fingia jogar com o brasileiro sim, e ficava feliz com isso.    

7- God of War 1 & 2 



"Dois jogos de uma vez só? Pode isso, Arnaldo?" A regra é clara, se são dois jogos da mesma franquia, eu posso colocar junto sim, meu caro gafanhoto, por isso que eles estão juntinhos aqui, mas também coloquei os dois juntos pois os dois foram igualmente marcantes pra mim, por isso queria tratar os dois igualmente (e também porque só joguei esses).   

Jogar God of War foi uma coisa importante pra mim pois eu aprendi sobre mitologia grega, aprendi que transar com gêmeas dá XP, e aprendi a passar raiva com missões complexas e difíceis até no easy mode (pelo menos na primeira vez que joguei). Mas sério agora, God of War é uma franquia sensacional, seja pela sua história, seja pela diversão que o jogo oferece (seja matando uma Medusa, ou pilotando um Pégaso) e seja pelos gráficos que são lindos mesmo no PS2.      

6- Winning Eleven  



Winning Eleven (vulgo Bomba Patch, vulgo PES, vulgo Wing Eleven) é um dos jogos de futebol mais marcantes da história, especialmente por sua gameplay fácil de aprender, o modo Master Liga, mas principalmente por todas as versões piratas que fizeram do jogo. 

As versões de camelô tem um nome diferente, que é Bomba Patch (nunca entendi essa desgraça de nome) que tinha elencos atualizados, os times brasileiros e uma música de entrada que é simplesmente enigmática, que fazia até os crentes dançar essa música, por esses motivos que o Bomba é melhor que o FIFA e o PES (o que é muita burrice, já que o Winning Eleven é o PES).    

5- Sensible World of Soccer 


 

Continuando na vibe de jogos de futebol, antes de Brasfoot e o Football Manager tomarem conta dos computadores, no meio da década de 90, um jogo de futebol foi lançado e olha, vou te falar uma coisa: QUE JOGO, MEUS AMIGOS, QUE JOGO.   

Mais um jogo que conheci pelo CD-ROM golpista, Sensible World of Soccer se brincar foi o primeiro game que veio com essa pegada de simulador de futebol, já que na época, o PES e o FIFA eram bem rudimentares. Mesmo com gráficos e animações engraçadas, o jogo consegue ser um dos melhores ATÉ HOJE. Esse jogo possui times de quase todo o globo com um modo carreira sensacional, possibilitando você a imitar o Alex Ferguson e passar até 20 anos comandando o mesmo time (só pra constar, na época desse jogo, o Sir Alex Ferguson já era técnico do Manchester United).    

4- WWE Smackdown VS RAW 2011 


 

Um dos meus jogos preferidos de WWE até hoje, foi o primeiro que joguei e foi esse jogo que me fez virar fã de WWE, mas não tem só a ver com a nostalgia, mas sim porque é realmente um jogo sensacional, com várias opções de entretenimento.  

O jogo tem modos muitos legais, como o WWE Universe e o Road to Wrestlemania, mas além disso também tem o Story Designer, que possibilita você oportunidades para criar suas histórias do jeito que você bem entender, o que é top, por isso esse jogo é top.  

3- Pokémon Crystal 



Se imagine na minha pele por um instante: O ano era 2008 e a Redetv! havia começado a passar Pokémon Johto no final da tarde, e você como eu, iria querer viver as aventuras que o Ash vivia, pegando os Pokémons e tudo mais, mas a gente sabe que oficialmente isso é impossível, mas aí você encontra um jogo que faça exatamente isso? Pois é, eu fiquei animado também.  

Jogando pelo emulador de Game Boy, Pokémon Crystal foi e ainda é o meu jogo favorito de Pokémon (e até esse ano era o único que eu zerei) eu me divertia muito na missão de capturar todos os Pokémons (mesmo que se fosse no cheat).  

2- GTA San Andreas  


 

Eu acho que esse jogo tá na lista de todo mundo que joga videogame, não é? Mas enfim, o que eu posso dizer pra acrescentar a esse jogo maravilhoso? Podia dizer o que todo mundo diz, a sua história e atmosfera envolventes, a variedade de escolhas e caminhos pra se tomar, a trilha sonora simplesmente sensacional, isso é só alguns dos motivos de porque esse jogo é tão memorável.   

Além disso, eu posso falar ainda da diversão que você pode ter com cheats e com as versões de camelô/mods que fazem para esse jogo, por isso que GTA San Andreas é tão enigmático.   

1- Bully 


 


Eu acho que esse jogo tá na lista de todo mundo que joga videogame, não é? Mas enfim, o que eu posso dizer pra acrescentar a esse jogo maravilhoso? Podia dizer o que todo mundo diz, a sua história e atmosfera envolventes, a variedade de escolhas e caminhos pra se tomar, a trilha sonora simplesmente sensacional, isso é só alguns dos motivos de porque esse jogo é tão memorável.   

Além disso, eu posso falar ainda da diversão que você pode ter com cheats e com as versões de camelô/mods que fazem para esse jogo, por isso que GTA San Andreas Bully é tão enigmático.
  
Well, é isso por hoje, pessoal, se você tem alguma sugestão de temas para que eu fale aqui, escreve um comentário que eu irei fazer o post pra você, até mais!


quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Top 20 músicas do Pixies (UPDATE)

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Eu sei que já fiz essa lista, mas eu tenho que admitir uma coisa pra vocês: Eu não tinha escutado a discografia inteira (sim, eu sei, um verdadeiro crime) estava faltando o Trompe Le Monde (que acabou virando meu álbum preferido deles) e o EP Come On Pilgrim (que é maravilhoso também), e além disso tem sempre a velha história da mudança de opinião, talvez no futuro eu faça outra lista dessas, talvez quando o Pixies lançar o próximo álbum (acho difícil as novas entrarem, mas okay) agora, sem mais delongas, vamos a famigerada lista:  

A primeira lista pode ser encontrada aqui

20- Dead- Doolittle


Nem sempre a música precisa fazer uma reflexão pesada pra ser boa, nem sempre a música tem que fazer sucesso pra ser boa, nem sempre a música tem que ter letra pra ser boa, e o Pixies é um dos grupos que mais tem domínio do que eu chamo de "efeito axé", que é quando a música consegue te ganhar com a melodia, e essa faz isso perfeitamente, com um vocal pesado do Frank, combinado com um riff pegajoso, Dead inicia nossa lista.  

19- What Goes Boom- Indie Cindy


  
Apesar de eu ter feito um comentário depreciando os novos álbuns, eu tenho que dar o braço a torcer, essa música é realmente boa, e eu até gosto das músicas novas, mas elas só não estão a altura dessas aqui da lista na minha opinião. 

Uma das várias reclamações sobre o Indie Cindy  é o som que foi feito, que para os fãs não soa nada como o Pixies que todo mundo amava e respeitava, mas apesar de eu concordar que não parece, eu gosto do novo "barulho" que o Pixies tá fazendo, especialmente essa música, que parece mais uma espécie de "metal alternativo", com guitarras mais fortes (não que o Pixies "antigo" não tivesse guitarrada, é que essa tá mais pesada).  

18- Gigantic- Surfer Rosa 


Uma das músicas mais importantes da história do Pixies, a primeira que a Kim Deal canta (aliás saudades Deal, bem que você e sua irmãzinha podiam vir aqui com o Breeders, não?) mas acabou dando uma caída no meu ranking por eu ter ouvido o Le Monde e o Pilgrim, mas isso não tira nada da música, que é sensacional, uma das que mais gera discussão do Pixies com sua letra um tanto nada convencional, mas além disso, a música é uma delícia de ouvir pois a voz da Kim é uma delícia (pra mim ela canta melhor que o Frank #pas).

17- Vamos- Surfer Rosa


Uma das omissões que fiz na primeira lista e uma das que mais me arrependo, sério, essa música é a que carrega mais a identidade do Pixies, com seus vocais fortes, guitarra rápida e uma letra um pouco surrealista, que trás uma das frases mais icônicas (sarcasmo) já encontradas em uma música do Pixies, e eu sei que essa música é do Come On Pilgrim originalmente, mas a versão do Surfer Rosa é melhor, por isso ganhou o lugar.   
Essa música é um pouco underrated entre o público, já que boa parte dela a gente só escuta guitarra e uns gritos loucos do Frank, o que torna a música estranha pra muita gente, mas o Pixies em si já não é uma coisa estranha? Isso que os torna tão especiais pra mim. 

16- The Navajo Know- Trompe Le Monde 


Surrealismo, meus amigos, surrealismo, alguém em sã consciência sabe do que se trata essa música? Porque eu já desisti de tentar interpretar, mas por algum motivo, a música é muito boa pra mim, ela mesmo curtinha consegue deixar um impacto, ela tem um riff relaxante, dá pra viajar de vários jeitos ouvindo.  

15- Caribou- Come On Pilgrim


Essa música tem meu amor por vários motivos: O riff calmo, que faz um balanço perfeito com a voz do Frank, que por sua vez faz um balanço perfeito com a voz calma e leve da Kim, que juntando tudo forma uma música sabor acaí (porque é uma delícia). 

14- Trompe Le Monde- Trompe Le Monde 


O Trompe Le Monde virou meu álbum favorito, queres saber o por que? Simples, eu explico, foi o álbum que o Pixies resolveu experimentar de verdade, largou um pouco o estilo "guitarra mecânica" e trouxe um estilo mais Hard Rock pra sua música, o que a gente consegue ver nessa música, e além disso trouxe pra mesa músicas mais surrealistas (outras que falam mais de experiências do Frank como U-Mass) e essa música, mesmo curta, ela consegue te deixar animado pra o que vem a seguir. 
13- Isla de Encanta- Come On Pilgrim


Eu tenho mesmo que explicar por que essa está na lista? Se você quer explicação, segura essa: A música é caótica, ela é mais uma que te ganha com o efeito axé, além disso é a única música do Pixies cantada inteiramente em espanhol, tenho que dar mais argumentos? 

12- Where Is My Mind?- Surfer Rosa


Se você achou que só porque a lista era nova que Where Is My Mind ia estar em primeiro, não na minha lista, meus amigos. Não me entendam mal, eu gosto dessa música, só não acho que é a melhor, não importa quantos filmes como Clube da Luta usem como trilha sonora. 
Apesar disso, a música é muito boa, é uma das mais surreais da banda e tem uma pegada diferente das outras, é mais calma, parece até um Grunge (será que foi daqui que o Kurt Cobain copiou?).   

11- Space (I Believe In)- Trompe Le Monde


É a saga do nosso bravo herói Jefrey (com um F só) que gostava de mais espaço entre os seus amigos do Pixies, todo canto que eles queriam sentar, ele já queria ficar deitado em cima das coisas e dane-se os amigos, pensando bem, o Jefrey (com um F só) é um belo de um babaca, não? 

É uma música bem divertida se for parar pra pensar, quando você vê uma banda influente como o Pixies você espera uma crítica social ou algo assim, mas eles estão cantando sobre o amiguinho deles que rouba o lugar nos sofás, cadeiras e tudo mais, e ainda conseguiram fazer uma música que funciona com esse tema, por isso Pixies é sensacional.   

10- Wave of Multilation- Doolittle  


Wave of Multilation é aquele som que abusa do limite da surrealidade, já que logo no começo é mencionada a morte de um empresário japonês que cometeu o suicídio depois de sua falência, e o mais louco é que não para por aí, já que eles mencionam coisas como o fenômeno climático El Nino. Mas aí você pergunta, como uma música que faz uma mistureba de temas como essa pode ser boa? Simples meu amigo, porque Pixies é Pixies, se você escutar você percebe que a música é ótima. 

9- Bone Machine- Surfer Rosa 


QUEM NUNCA TEVE UM PRIMEIRO AMOR? E essa música foi o primeiro amor que tive pelo Pixies, eu conheci Here Comes Your Man primeiro, mas não procurei nada da banda depois disso (shame on me) mas depois de Bone Machine, eu estava totalmente apaixonado pela banda. 

Além dos gritos do Frank, essa música também flerta bastante com o lado surrealista das coisas, com versos confusos como "você é linda quando é infiel a mim" o que me fez pensar que se o PC Siqueira escutar Pixies um dia, essa vai ser a favorita dele só por esse verso.  

8- Debaser- Doolittle 


Mais uma música que deixei de fora e me arrependo intensamente (peço perdão pelo vacilo) Debaser é a primeira música do álbum mais importante/influente da banda, além de ser uma das mais queridas pelos fãs. 

Muita gente diz que essa música é a mais surrealista do Pixies, mas na verdade não é bem assim, pode ser a que tem a referência mais obscura, do filme "un chien Andalusia" de 19 e guaraná com rolha, mas mesmo não sendo a mais surreal, é a que com certeza tem o menos convencional e ainda assim um dos melhores videoclipes produzidos pela banda.  

7- Here Comes Your Man- Doolittle 

   
Essa aqui está entre o top 3 de músicas mais conhecidas/adoradas da banda, foi o hit que fez o Pixies "explodir" no final da década de 80, e mesmo que o próprio Frank Black (ou Charlinho Satã para os íntimos) e os outros membros não fossem muito fãs dessa música, nós temos que reconhecer que é uma música que merece todo o crédito que tem.    

É uma das músicas mais diferentes que o Pixies lançou, com uma pegada menos agressiva e até meio POP (tornando a música uma baladinha romântica praticamente) e por incrível que parece deu certo, já que a música é uma das mais gostosas de ouvir/cantar da banda, até mesmo quando é o Tom do 500 dias com ela cantando bêbado.

6- Alec Eiffel- Trompe Le Monde 


Pixies sempre foi uma banda que gostava de jogar em suas músicas algumas referências que ninguém ia pegar, tornando eles meio que aqueles caras cult da música, mas nessa aqui eles fizeram referência a uma coisa famosa que ninguém pensa: A torre Eiffel, ou mais precisamente, o desenvolvedor do ponto turístico mais famoso do mundo: Gustave Eiffel. 

A música pra mim já é boa por conseguir tornar musicável algo que envolva referências a torre Eiffel, mas ela é muito mais do que isso, tem riffs legais e tem o clipe mais legal da banda (o do Debaser é mais surreal).   

5- Motorway to Rosewell- Trompe Le Monde 


Essa música é basicamente uma obra prima instrumental, consegue envolver riffs calmos e gostosos e ainda utilizar piano por trás, o que é um pouco surpreendente para uma banda que é meio agressiva como o Pixies costumava ser, mas mesmo assim o piano tem uma boa participação (aquele solo de piano foi lindo). 


4- The Happening- Bossanova  


Uma música que até hoje eu tenho dificuldade pra sacar do que se trata, não sei se é por burrice, ou pela tradução porca da música que tem no vagalume ou simplesmente porque é uma das músicas mais loucas feitas pelo grupo, mas vamos tentar resumir: Um cara estava viajando para Las Vegas e então um monte de doideiras começam a acontecer com sua pessoa (daí o nome da música). 

Além de ser uma música nada convencional, tem uma das partes mais legais na minha opinião, que é quando o Frank começa a contar a história no meio da música, e o que é mais impressionante é que ficou bom essa invenção.  

3- I've Been Tired- Come On Pilgrim 


COM VOCÊS, A MELHOR MÚSICA QUE O PIXIES JÁ FEZ, quer dizer, seria se as duas a seguir não fossem imbatíveis, mas já que as outras duas estão em outro patamar, vamos colocar essa como a melhor música "convencional" do Pixies, e nesse próximo parágrafo vamos entender por que. 

Se em "The Happening", a melhor parte da música é a parte que Frank está contando uma história pra finalizar a música, o que dizer quando a música inteira é feita de histórias, de causos? Nessa música nós vemos o riff mais animado do Pixies, junto com a melhor performance do Frank e da Kim na banda (afinal, tem que ser bom mesmo pra cantar essa música).   

2- Hey- Doolittle 


Hey é boa pois consegue misturar coisas "insolúveis": Uma letra complexa com uma melodia POP, mas apesar de parecer meio difícil de fazer, a banda ri na cara dessa dificuldade e consegue fazer um contraponto perfeito entre a letra e os riffs, que pra mim são o ponto alto da música, já que conseguem causar misturar várias coisas de uma vez só numa música: Intensidade, sombriedade e até mesmo sensualidade. 

1- Monkey Goes to Heaven- Doolittle   


O que posso dizer dessa música que mal conheço e já considero pakas? Quem diria, o primeiro lugar de 2016 é o mesmo de 2017 (igual ao Palmeiras no Campeonato BR) e o meu julgamento ainda é o mesmo, sabe por que? Monkey Goes to Heaven é o ápice do surrealismo, chegando até na discussão religiosa, fazendo referência a Deus, o diabo, Poseidon e a humanidade. Além de tudo isso, o baixo de Kim Deal nessa música inspirou diversas bandas ao decorrer dos anos, então acho que é bem justificável a primeira posição.   

Esse foi bem cansativo, mas finalmente saiu, então se você quer deixar alguma opinião sobre as músicas aqui da minha lista, dizendo alguma que eu esqueci, deixe aqui nos comentários. 


 







  

domingo, 22 de outubro de 2017

Por que as pessoas vão em estreias de filmes?

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Esse é um post mais reflexivo, sem nenhum planejamento, foi só um pensamento impopular que tenho que resolvi tirar do meu coração. Recentemente eu conversava com uma pessoa sobre filmes e a gente chegou ao assunto estreias, então comecei a pensar com força em uma coisa: Por que as pessoas vão a estreias no cinema? Eu pensei, refleti e refleti e não achei resposta, não entendeu minha raiva? Vem que você vai entender.    

Como é bem óbvio, quando tem uma estreia (que é uma coisa nova) eu tenho certeza que você se agita e pensa "aí meu santo pingu, eu não vejo a hora de ir naquele cinema e assistir esse filme, eu quero ver tanto que eu quero ser a primeira pessoa a entrar na sala para ver meu filme" até aí tudo bem, todos são livres para fazer o que quiserem, mas tem um problema nesse pensamento: Não foi só você que teve esse pensamento, mais umas milhões de pessoas tiveram essa mesma ideia que você, então o que acontece? milhões de pessoas correm pro cinema no mesmo dia, lotando o shopping (minha cidade é um lixo, só tem cinema no shopping) pra comprar o ingresso. E o pior é que ainda tem gente que compra pela internet, ou seja, pra esses ingressos se acabarem é em dois passos, então aí vai seu sonho pro saco.        

Outro fator que me faz odiar as estreias é que tudo fica mais caro, o que é bem normal, já que se muitas pessoas estão lá, nada melhor do que aumentar preço disso, daquilo e etc, é aquela velha história de oferta-demanda que o capitalismo trouxe (se você quer mesmo isso se ferra aí trouxa, ontem isso aqui era 10 temers, hoje é 159,99. E se você reclamar pode ir chorar na cama, mas sem seu brinquedinho) O cinema fica tão caro que não lembra uma estreia, mas parece que estamos homenageando o diretor que acabou de morrer (aliás, não sei o que é mais lucrativo: Vender uma coisa nova ou vender uma coisa de alguém que acabou de morrer, deixe aí nos comentários).           

Aí vocês vem com o argumento "ah, mas estreia é legal por que você encontra os fãs do filme que você gosta e conversa com eles e tals, você se fantasia, você brinca e etc"  Ah, então você quer fazer convençãozinha? Será mesmo que vale a pena gastar o seu dinheiro, seu esforço, seu tempo pra ir algumas horas pro shopping passar vergonha vestido de Darth Vader? Se quiser fazer isso, sempre existe os eventos de anime pra você ir, os Anime Friends, os Nippon da vida, lá certeza que vai ter gente igual a você pra você conversar e se seu cosplay for bom o bastante, você ainda pode ganhar coisas com isso no fim de tudo.   

Outro ponto que se fala muito é a questão dos spoilers, que quem vai na estreia é imune aos spoilers, mas será que essas revelações são coisas tão ruins assim? É um pecado tão grande assim? Eu digo que não. Recentemente em uma entrevista no The Noite, o ator Eri Johnson falou sobre spoilers e o que ele disse coincide com o que eu penso sobre esse "crime", ele diz que apesar que você saiba que fulaninho morreu, você não sabe quem matou, por que essa pessoa matou, o que aconteceu com o assassino, então, você não devia pensar no spoiler como um desmancha-prazeres para a sua experiência, mas sim como um combustível a mais para ver o filme, mas se você realmente não quer ser otimista a respeito e quer evitar qualquer revelação do enredo, só tem uma revelação pra você: Fique longe de páginas/pessoas que vão falar sobre o filme, seu idiota!

Pra fechar, eu só queria colocar que eu não estou querendo diminuir quem gosta de ir em estreias, eu só tô falando que EU não faço, porque o cinema vai tá uma zona de cheio, e é capaz de não ter comida e nem ingresso pra você e se tiver, vai ser muito caro, ou seja, será mesmo que não vale a pena esperar pelo menos uma semana pras coisas voltarem ao normal pra que você possa assistir ao filme na maior tranquilidade possível, pagando mais barato? E tudo isso pra quê? status? Esse status é falso, os críticos já viram o filme antes de você, então se desesperar por isso é só burrice (na minha humilde opinião).   

Se você concorda/discorda, comente aqui em baixo, e você também pode fazer sugestões para posts futuros.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

O Bilhete Premiado (resenha com spoilers)


Hoje, na primeira resenha que faço aqui no blog (espero que a primeira de muitas) um livro talvez não muito conhecido de vocês, O Bilhete Premiado, de Paulo Galvão.   

Paulo Galvão é um jornalista, radialista e escritor nascido em julho de 1970, em Minas Gerais, passou boa parte de sua carreira trabalhando em jornais locais nas áreas da capital do pão de queijo, além de manter um blog sobre futebol e Rock desde 2009. Seu trabalho mais conhecido for ser apresentador da Rádio Bandeirantes desde 1998, mas foi demitido esse ano no dia do jornalista. O Bilhete Premiado foi o único livro escrito por Galvão.   

O livro conta a história de Jorginho, um garoto de 18 anos que não quer nada com a vida, repetiu várias vezes o primeiro ano, não tem emprego e não dá nenhum sinal de melhora. Ele sempre entra em embate com sua família por não tomar jeito e não ajudar (já que a família é pobre, mas mesmo assim mantém o marmanjo numa escola particular, porque isso é uma coisa inteligente de se fazer) mas tudo iria mudar depois que Jorginho comprou um bilhete de loteria e fez uma aposta ridícula, sendo ridicularizado por seu amigo Edgar, Pilinha, o vendedor estelionatário, Alfredo, um bandidinho que sempre quebrava o Jorge de porrada e por sua família, mas quando o resultado do bilhete saiu e ele foi sorteado, chocou a todos, mas também trouxe muitos problemas, como a invasão de Alfredo em busca do bilhete.      

Logo após isso, é revelado ao leitor que Pilinha na verdade havia trocado o bilhete de Jorginho, já que ele tinha um esquema ilícito com a mulher da lotérica, tornando assim o bilhete falso e produzindo um plot bacana de se ver, já que deu um fôlego legal para a história, apresentando novos conflitos a serem resolvidos. 

O livro também toca em questões interessantes, como o preconceito social e racial, tudo isso incorporado em Luciana (amiga que era apaixonada por Jorge) tendo em vista que ela era uma garota negra, pobre, que só estudava em uma escola particular por causa de uma bolsa que ela ganhou por sua mãe trabalhar lá, mas a mãe dela morre atropelada e ela passou agora a ser responsável pela casa e pelo seu irmão, Pilinha, que como já vimos, é uma alma sebosa. Luciana enfrenta bastante preconceito diariamente, mas em um trecho particular, ela é humilhada por Cláudia (garota que Jorge era apaixonado) e por sua amiga, e faz um discurso emocionante para Edgar sobre como negros são tratados em espaços que supostamente não são deles, como em escolas particulares.        

Agora chegamos nas partes que tenho um pouco de problema a digerir, vamos lá: Pilinha escapa do apartamento com um Fredão armado e foge para a sua casa para contar tudo pra Luciana, ele explica a história, Luciana não acredita, então ele a leva na lotérica para eles falarem com a mulher que é parceira no golpe pra comprovar a história e pegar sua parte, mas ela diz que a máquina que eles usam para o golpe foi levada embora e que na verdade o bilhete era mesmo premiado. Até aí tudo bem, agora vamos pra parte que realmente me entristece, que é o final, que é Jorginho e Luciana se resolvendo e começarem a namorar, só que o seguinte, Luciana após que se comprovou que o bilhete era verdadeiro ela não fez nada, ela não avisa a Jorginho e nem foge com dinheiro, ela simplesmente guardou e não fez nada, o que me deixa confuso, já que as duas famílias precisavam do dinheiro, por que não unir o útil ao agradável? Os dois podiam ter ficado juntos e resolvido sua maior preocupação, que era a financeira, era o final perfeito, mas não, e realmente eu não entendo a intenção do final, se era passar uma lição dizendo que o dinheiro não é tudo e tals, mas nada disso foi mostrado, ela simplesmente não contou do bilhete e acabou, fim da história.   

O Bilhete Premiado é uma história rápida e curta (o que me fez gostar do livro desde o início) mas mesmo assim é repleta com ótimos momentos, mas esse final realmente fez o livro decair um pouco no meu conceito, por isso que a nota é 6,5/10. Paulo Galvão até agora só escreveu esse livro, o que é uma pena, porque mesmo com um final um pouco desgostoso, ele tem potencial para escrever uma boa história, só precisa de mais experiência.

E é isso por hoje, se quiser recomendar um livro para eu fazer uma resenha (obviamente só depois de eu ter lido, então paciência) deixe sua sugestão nos comentários. 
 
 

domingo, 24 de setembro de 2017

Como consertar a última temporada de How I Met Your Mother (OPINIÃO)

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Há algumas semanas, a Netflix retirou do seu catálogo How I Met Your Mother (que era a série mais assistida e ainda assim saiu do ar) o que me fez assistir o máximo que eu podia pra terminar de vez de assistir (eu ainda tava na terceira temporada, que vergonha) e quando chegou o dia de sair do ar, eu estava vendo a oitava temporada (bem impressionante pra quem não tem tempo conseguir assistir cinco temporadas em duas semanas) o que me obrigou a voltar a minha vida "antiga": Baixar as séries por torrent, mas enfim, avançando um pouco a história triste, vamos logo ao ponto que interessa.   

Cheguei a nona temporada e terminei no sábado passado, me deixando cheio de questionamentos/ tristeza e melancolia porque uma das melhores séries que vi não tinha mais episódios inéditos, por isso resolvi transformar tudo isso em um post pro blog.  

Como todo mundo sabe, o final de HIMYM não foi muito satisfatório para os fãs, que ficaram emputecidos de como o castelinho de areia da Robin com o Barney e a chegada da Mother na série foi engolido por ondas no final das contas.  

Para mim, o final em enredo não foi tão ruim. Muita gente argumenta que o Ted foi machucado a série inteira pela Robin, passaram nove temporadas construindo a Tracy pra no final ela morrer e o Ted voltar com a Scherbatsky, que ela não merecia ele, que ela merecia sofrimento, então por isso esse final foi uma má ideia, mas o que as pessoas esquecem é que da morte da Tracy até eles voltarem foram seis anos, seis anos de luto do Ted, seis anos que a Robin o ajudou cuidando dos filhos dele, então acho que se tudo isso fosse retratado, as pessoas ganhariam simpatia pelo final, o que nos leva ao que estava errado com o final na minha opinião.   

O grande problema com o final foi como tudo aconteceu tão rápido, quer dizer, como em um episódio eles fazem a Robin e o Barney se divorciarem/ Tracy morrer/ Ted e Robin voltarem e esperem que tudo fique bem? Tudo bem que foi a intenção dos escritores e tal, mas poxa, não quer dizer que isso tá certo.   

Só existe uma maneira de consertar o final, que é fazendo uma coisa que How I Met Your Mother sempre fez muito bem: Construir. Ao invés de passar os 24 episódios da última temporada em um fim de semana, que tal usar esse tempo pra contar a parte que realmente importa? A parte que todo mundo queria ver? A vida de Ted com Tracy, a vida de Robin com Barney, ela sofrendo após o divórcio (que era o que boa parte queria ver) a Tracy morrendo, o Ted e a Robin se juntando aos poucos até que finalmente acontecesse de vez. Com certeza, o final seria bem melhor recebido se essas histórias fossem contadas também.        

As vezes na vida, o melhor final não é o final feliz, mas sim o necessário, foi isso que esse final nos ensinou, e as pessoas que dizem que Ted retrocedeu voltando com Robin, eu diria o contrário, eu diria que tanto ele, quanto ela, evoluíram o bastante pra entender  que tinham que ficar juntos, os dois realizaram seus objetivos, Ted encontrou "a prometida" e teve sua família, enquanto Robin atingiu a posição profissional que queria, ou seja, os dois ganharam. E esse foi o veredito, o final de How I Met Your Mother foi bom em questão de enredo, mas foi executado de maneira horrorosa, por isso, esse final ganha um 6/10

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Band 2010: Uma das melhores épocas pra se ver TV


Quando eu era criança, por mais que eu amasse de coração o SBT (não sei como, naquela época a emissora passava pela pior fase de sua história) a minha emissora favorita era a Band, mais precisamente entre 2010-2013, e agora vocês vão entender porque. 

Eu sei que a Band tinha muitos defeitos nessa época, o excesso de programação vendida (ainda tem), Márcia Goldsmith nas tardes, mas tirando esses detalhes, a emissora na época passava por uma fase maravilhosa com vários programas únicos e criativos, isso vinha acontecendo desde 2008 com a estreia do CQC, e graças a esse formato que a Band investiu em mais formatos de fora, trazendo coisas como "A Liga", "É tudo improviso", "Formigueiro" (mesmo não tendo durado).     

Por falar em CQC, nessa época foi que vimos a melhor formação do programa junta, que é a original de 2008 (Tas, Rafinha, Luque, Andreoli, Oscar, Cortez e Danilo) e a Monica Iozzi, formando a de 2010-2011, e graças ao programa mais sério dos integrantes do MIB que surgiu o Agora é Tarde do Danilo Gentili, introduzindo um pouco dos talk shows americanos do século 21 aqui no Brasil.

Mas não era só de inovações que a Band vivia na época, um dos motivos que eu fui atraído atende por um nome: Band Kids. O programa de desenhos que já foi febre no começo de 2000 tinha voltado com força em 2009, mas ao invés de animes, trouxe os desenhos da Nick (pelo menos eu gostava horrores) como Hey Arnold, Os Castores Pirados, Cat-Dog, Invasor Zim, A vida moderna de Rocko e outros. Mas quando vinha anime, vinha anime, eles já exibiram diversas sagas de Cavaleiros do Zodíaco nesse horário. 

Ainda falando de entalados, a Band me apresentou as seguintes séries: Futurama, Kenan e Kel, Manual de sobrevivência escolar do Ned (resultados variados), Família Soprano, The Bernie Mack Show, Malcolm In the Middle, Mr Bean, How I Met Your Mother, entre outros.    

A Band entre 2010-2013 era legal por vários motivos: Por fazer coisas que ninguém apostava mais (como utilizar entalados) por trazer programas de jornalismo, de humor serem interessantes e inovadores, e acima de tudo por ser uma opção bem alternativa pra quem tinha se cansado de novelas sem graça da Globo e Record e das reprises infinitas do SBT, e apesar da Band ter surgido com coisas boas depois desse tempo, como o Sabe ou Não Sabe (2014) foi nesses três anos que a Band (principalmente 2010) realmente tomou as decisões certas e mudou o jogo, e sinceramente é triste ver a emissora passando por dificuldades financeiras e correndo o risco da falência, espero que haja uma maneira de mudar esse quadro. 

Existe algum programa que eu esqueci de falar? Você tem qualquer coisa a acrescentar? Deixe seu comentário.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Simpsons ou Futurama? Quem é melhor?



Quando eu era criança, mais ou menos com uns cinco anos, eu conheci os Simpsons (graças a velha amiga TV Globinho) e apesar de ser um humor um pouco mais maduro do que o recomendado pra minha idade, eu curti e me engajei no desenho, não sabia dizer o que era, não sei se era pelo visual do desenho, pelos personagens, ou simplesmente porque é um dos melhores desenhos já feitos pelo homem, mas enfim, não sabia dizer por que assistia, só sabia que de 11h30 era hora dos Simpsons e ninguém tascava, e não era só uma relação de ociosidade, da falta de vontade de mudar o canal, era diversão.    

Mas aí quando eu tinha 10, eu conheci um desenho que ia me mudar de verdade, Futurama, que mesmo que seja do mesmo cartunista (Matt Greoning) parece um desenho totalmente diferente, era uma coisa completamente bizarra, envolvia viagem no tempo, no espaço, robôs, aliens, tudo que é necessário pra uma aventura de verdade, e quando ele começou a ser exibido na Band, já era. Bem, eu acho que vocês já viram que vai ser uma discussão boa, então se junte e vamos curtir um post que eu queria fazer desde o início do blog.          

Pra muitas pessoas, essa discussão é desnecessária, já partem pro argumento "ah, olha quem tá no ar há mais tempo sem sair do ar" mas isso realmente é um ponto muito injusto de se tocar, todo mundo sabe que Simpsons é o bebê da FOX junto com o Matt Groening, e obviamente foi dado mais atenção pro desenho do pessoal amarelo de Springfield ao longo do tempo, já que tem toda aquela gratidão por ser um pioneiro e tal, mas acho que as pessoas foram injustas com Futurama, e agora vou explicar por que.    

Mesmo sendo um produto mais hipster (por tratar de um assunto menos comum entre as pessoas como viagens ao espaço) Futurama mostrava força com toda a sua irreverência e criatividade, sem esquecer a pegada ácida com críticas sociais que Simpsons fez, mas Futurama consegue fazer tão bem quanto.     

"Os Simpsons" com certeza não pode ser chamado de superestimado, não estou falando isso, mas uma coisa que temos que admitir é que o desenho enfraqueceu ao longo desses últimos anos, e nem foi culpa do desenho em si, é mais questão que eles estão a MUITO TEMPO no ar, o muro de Berlim caiu no mesmo ano que começaram a exibir os Simpsons na TV americana, ou seja, bastante tempo.     

Por mais que o final de Futurama foi satisfatório, eu diria que seria legal se fizessem mais uma re-run do desenho futurista, principalmente agora que temos um desenho na mesma vibe, Rick and Morty, fazendo sucesso com esse público, imaginem as referências, imaginem os crossovers que podiam surgir se Futurama ainda estivesse no ar? Mas enfim, isso é sonhar muito, vamos voltar a realidade.   

Veredito: É um embate complicado, mas no grande esquema das coisas, Futurama vence Simpsons na minha opinião, as tramas de Simpsons são muito simplórias hoje em dia, enquanto Futurama manteve o nível alto durante toda a sua estadia no mundo dos desenhos, seja no entretenimento, storytelling, críticas sociais, humor e etc. Por isso se você nunca assistiu Futurama na vida, pare tudo o que você está fazendo e vá assistir, depois volte aqui e comente o quanto você era um ser humano incompleto até agora.