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sexta-feira, 26 de julho de 2019

Vamos falar sobre: Manual de Sobrevivência Escolar do Ned (2004)


Quando se fala de séries da Nickelodeon, todo mundo logo lembra das famosas ICarly, Drake e Josh, Kenan e Kel, Victorious, Henry Danger e etc. Mas nenhuma dessas é a minha favorita, já que essa coroa pertence 100% para o Manual de Sobrevivência Escolar do Ned.   

Eu sei o que vocês estão pensando: "Olha só o diferentão, o hipster. O cara que prefere essa série do que alguma como ICarly, que babaca", mas infelizmente eu não posso evitar. O seriado do Ned fisgou meu coração desde a primeira vez que vi, num domingo no final de 2009, na Band. E depois nas tardes de segunda a sexta em 2010, também na Band. Esse seriado virou uma parte muito importante da minha infância/pré adolescência (mesmo que eu não tenha assistido por muito tempo, já que a Band tirou do ar pouco tempo depois, exibindo só em 2011 e depois nunca mais) e recentemente eu reassisti a série na internet, passando por todas as temporadas só nessa semana, eu maratonei a série com uma intensidade que eu não tinha fazia um tempo, e agora vocês vão entender por que.

Mas antes... Um background da série: Ned Bigby é um garoto comum que faz a sétima série e tem que enfrentar todo tipo de coisa, seja valentões, matérias difíceis, paixões, todo tipo de problema adolescente que todo mundo já passou um dia, mas ele não está sozinho nessa, ele tem dois melhores amigos: Jennifer Mozely (ou Moze) que é uma amiga de infância dele e um tremendo pitelzinho, e Simon Nelson Cook (Cookie), um nerd meio homem e meio computador,  um viciado em computação que tenta a todo custo usar a tecnologia pra facilitar sua vida. Os dois são o apoio de Ned para ajudá-lo com o seu Manual, que dá dicas variadas para ajudar os alunos a vencer os problemas de escola. A série ficou no ar na Nick entre 2004 e 2007, tendo 3 temporadas. 

O programa é adorado e cultuado pelas pessoas, mas não ao mesmo nível de séries já citadas acima como ICarly e Drake e Josh, talvez por não ser tão conhecido aqui no Brasil, já que teve vida curta na TV aberta e só ter sido exibida na Band, mas apesar disso, a série consegue se destacar por vários motivos, e um deles é a sua forma única e totalmente diferente de sitcom, que mais parece um desenho em forma de série, o que faz a série sair um pouco do clichê de sitcoms, e talvez isso não seja uma coincidência, já que o criador da série nada mais é do que Scott Fellows, responsável por desenhos como Padrinhos Mágicos e Johnny Test (inclusive, os Padrinhos Mágicos fazem uma participação em um episódio da série). 

Outro fator que podemos citar são seus personagens secundários, que como em toda boa sitcom, conseguem muitas vezes ser mais engraçados que os principais. O zelador Gordy é um tremendo vagabundo que não faz seu serviço, mas sempre está ajudando as crianças com conselhos e em suas empreitadas. Ele também tem uma briga eterna com uma fuinha que ele nunca consegue pegar. Outros personagens marcantes são a Suzie Capitinga (paixão de Ned e rival de Moze) Billy Loomer (o chefe dos valentões que tem uma queda por Moze) Lisa Zemo (uma guria toda cagada que é afim do Cookie) Cabeça de coco (um moleque com um corte de cabelo zoado) Sweeney (um professor de ciência carrasco), a Pop Gangue (meninas valentonas que são gamadas no Ned) e muitos outros ótimos personagens.  

No quesito história, a série não é exatamente profunda, já que a maioria dos episódios foca mais nas situações e nas dicas do que numa história contínua (que é o ponto da série), mas volta e meia a série traz suas histórias, que em sua maioria tem a ver com a vida romântica do trio, com Ned no caminho para conquistar Suzie, Moze tentando conquistar Seth ou Fayman (aluno brasileiro que aparece na última temporada e chega até a falar português em cena) e Cookie dando em cima de várias. Cenas que as vezes se mostraram meio repetitivas e um pouco chato, mas acho que é mais ou menos por aí que funciona namoros na adolescência, então dá pra deixar passar. 

A série de vez em quando apresenta algumas inconsistências e furos no roteiro, como por exemplo, em alguns episódios Ned tem Suzie na sua mão e eles se tratam como namorados, mas em outro, os dois não estão se falando e Ned está tentando conquistá-la, sem nenhuma explicação; outro caso é sobre o namorado brasileiro de Moze na terceira temporada que é um prato cheio de erros, já que Fayman não é exatamente um nome brasileiro, e ele parece não se decidir em que idioma falar, já que uma hora ele não fala inglês e até chega a falar português com a professora de linguagens, mas na cena que ele encontra os pais dele, que supostamente também são brasileiros, ele fala com eles em inglês, o que não faz o menor sentido.   

Apesar de erros, a série também acerta bastante nas suas narrativas, como por exemplo, a mudança de visual de Lisa, que fica bonita e cheia de atenção dos rapazes, deixando o Cookie chupando o dedo e buscando ela de volta; Outro acerto se tratando de Cookie foi a sua dinâmica com a personagens Evelyn, uma garota neurótica e competitiva que quer ser mais inteligente que Cookie, mas acaba se apaixonando por ele, trazendo boas doses de comédia e de fofura, já que eu torci pelos dois; E por falar em um casal que eu "shippei", temos o cenário Loomer e Moze, que começou quando o valentão escreveu cartas de amor pra ela, e ela até ficou balançada, mas infelizmente nada rolou entre esses dois. Mas o maior acerto narrativo da série foi a forma para se juntar Ned e Moze, que todo mundo sabia que ia rolar, já que sempre houve pistas de que havia sentimento dos dois ao longo das temporadas, mas só na temporada final as coisas se concretizaram no jeito mais louco e fofo possível para demonstrar que era destino desde o início. A série não fazia muitos trabalhos narrativos, mas quando fazia não decepcionava, acho que a única tristeza pra mim foi não terem explorado mais o casal Loomer e Moze.  

Manual de Sobrevivência Escolar do Ned deu tão certo porque é uma série que agrada todo tipo de público, tem a dosagem perfeita de humor, não sendo nem tão bobinha quanto a média de séries da Nick, mas também não sendo tão inteligente, é uma série gostosa de assistir. Além de ser uma série boa de ver, também pode te apresentar boas ideias de como lidar com problemas como hábitos ruins e falta de organização, e acima de tudo, passar uma mensagem positiva para os jovens, uma mensagem sobre aceitação e a forma de se lidar consigo mesmo, o que sempre é uma boa coisa.  

Nota: 9/10 

sábado, 13 de julho de 2019

Cachorro Grande: Baixo Augusta (2011) Review #06: Projetos paralelos e uma causa nobre


Após um álbum polarizador, a Cachorro Grande volta aos negócios para lançar o álbum Baixa Augusta, lançado entre 2011 e 2013, primeiro com a disponibilização para download no fim de 2011, o lançamento em CD, em maio de 2012, e o lançamento em vinil, em setembro de 2013.   

Antecedentes:   

Após 3 álbuns sobre a direção da Deckdisk, a banda assina com a gravadora Trama, uma gravadora menor e mais conhecida pelo trabalho junto a grupos indie como o Cansei de Ser Sexy. No mesmo tempo, um dos integrantes da banda anuncia o lançamento de um trabalho solo, e se tratava nada mais nada menos que Marcelo Gross, guitarrista da banda que ocasionalmente cantava (e se saia muito bem), e todo esse trabalho culminou no álbum que viria a ser lançado em 2013, com o nome do Marcelo Gross.  
Pouco após o lançamento digital do álbum, o vocalista Beto Bruno deu as seguintes declarações sobre pirataria para uma matéria do G1 "Só Roberto Carlos deve fazer dinheiro com venda de discos no Brasil. A gente ganha pra viver fazendo show. É isso que dá tesão. Queremos que escutem, cantem, não importa a forma como nosso produto é adquirido" . 
Ele ainda continua dizendo "Se a gente não fizer, alguém vai lá e faz. Queremos ser pirateados, é sinal de que o povo gosta, compra e irá aos shows. É ferramenta de acesso. O que entristece é quando vemos nossos álbuns sendo baixados na internet sem qualidade nenhuma"  Dando seu parecer sobre a pirataria e o motivo de ter disponibilizado o download do disco. 
Regravação de uma música de Erasmo Carlos: 
 
Em 2012, a Cachorro Grande resolveu continuar na vibe de downloads grátis e participou de uma causa nobre: Junto com bandas como Fresno, a Cachorro Grande regravou uma música do Erasmo Carlos para o projeto Muda Rock, em que a versão da música ficaria disponível de graça para download no site deles e a cada download, uma muda de árvore seria plantada. A música regravada pela banda gaúcha foi a "Sou Uma Criança, Não Entendo Nada" de Erasmo Carlos, com direito a um clipe que os membros da banda bebem e cantam com uma imagem do tremendão ao fundo e até caem na pancada. É uma versão muito boa que vale a pena o download. 

Participação no Agora É Tarde com Danilo Gentili: 
Em julho de 2012 (mais precisamente no dia 13/07, mais conhecido como dia do rock) a banda participou do programa da Band que até então era de Danilo Gentili. Eles conversaram sobre o Baixo Augusta, sobre o dia do Rock, quebraram guitarras e cantaram a música Difícil de Segurar, um dos singles do novo trabalho. Como eu não consegui colocar o vídeo aqui e eu tô com preguiça de baixar, vocês podem conferir a entrevista clicando aqui

O álbum: 
 

Não Entendo, Não Aguento: Uma música bem enérgica para começar com o pé na porta o álbum, e pela primeira vez uma música sobre política, ou melhor, uma música apolítica, falando sobre como os políticos não conseguem/não querem se conectar com os anseios da população. Uma música que poderia facilmente ser a abertura do CQC e ninguém ia notar a diferença. 

Difícil de Segurar: Outro rockão ao estilo da Cachorro Grande, mas não ao estilo antigo deles, e sim algo mais próximo do Pista Livre que eles fizeram depois. Uma música que lembra bastante o som do Rolling Stones, e consegue ser tão boa quanto, foi uma boa escolha para single.  

Tudo Vai Mudar: Com uma pegada mais eletrônica, a música faz um elo ao último álbum, Cinema, mas dessa vez ele segue firme no rock psicodélico e não vai muito ao space rock, fazendo uma música dançante e enérgica, ao estilo da banda. 

Baixa Augusta: Uma música mais dark e psicodélica, mas que não saí do estilo da banda. Sem dúvidas uma música valorosa e gostosa de se ouvir em um show ao vivo, por exemplo, infelizmente nunca tive essa chance, mas provavelmente deve ser bem legal.  

Só Você Que Não: Outra música que conversa com o álbum antigo, podemos dizer que essa música é a irmã da Dance Agora, já que a letra é bem parecida, mas essa música acaba sendo mais explosiva e mais dançante ao mesmo tempo, então dou a vitória a essa música se tivéssemos que comparar.  

Corda Bamba: Uma música com melodia mais leve, mas não exatamente depressiva. Podemos dizer que essa é uma das melhores músicas que são cantadas pelo Gross, com uma performance bem sólida, tornando-a uma das melhores do álbum.  

Volta Pro Mesmo Lugar: Uma música bem parecida com a anterior, mas dessa vez cantada por Beto Bruno. Um som que sem dúvida consegue cativar, mesmo que a letra não seja das mais complexas.  

O Fantasma do Natal Passado: A música tem quase o mesmo acorde que as outras duas acima, mas em questão de letra e composição é uma maravilha. Uma música riquíssima na letra, talvez uma das melhores letras já escritas pela banda. 

Surreal: Uma música com uma pegada mais anos 60, com um estilo que lembra bastante as músicas dos Beatles (especialmente no refrão que segue um coro envolvente e belo).  

Cinema: A música mais longa do álbum, Cinema fala sobre um casal com preferências diferentes de filmes. Cheia de referências a cineastas, a faixa que leva o nome do álbum anterior tem um riff forte e que aliado ao vocal de Beto Bruno, faz um som mais passivo agressivo, produzindo uma experiência interessante. 

Mundo Diferente: O outro single do álbum, Mundo Diferente é a música mais romântica do trabalho, mas não é um romantismo bonito como em Sinceramente, e sim um romantismo mais chinfrim, mais meloso aliado com a melodia e o riff, mas ela faz um bom trabalho em fechar o álbum. 

Nota 9/10: Sem dúvidas um grande álbum. Baixo Augusta em sua maioria segue tendências dos anos 70, coisa que o Cinema também tentou fazer, mas acabou funcionando melhor aqui, sem muitos experimentos e ousar demais, a banda acabou conquistando o objetivo e fez um ótimo trabalho antes dos seus dois álbuns finais, que mudariam de vez a roupagem da banda. 


Cachorro Grande: Cinema (2009) Review #05: Mudanças no som

No último post, nós falamos sobre a palavra mudança, e essa palavra define muito bem o que acontece no álbum Cinema, da Cachorro Grande, lançado em 2009. 

Antes do álbum:



Logo após o lançamento do álbum Todos os Tempos, a banda Cachorro Grande trabalhou em uma parceria com o cantor Nando Reis (eternizado por parcerias com a cantora Cássia Eller) num álbum ao vivo com o nome "Estúdio Coca Cola: Nando Reis e Cachorro Grande" lançado em 2007, em que foram cantados sucessos do cantor e da banda, inclusive esse vídeo com uma versão do sucesso Sinceramente, do álbum Pista Livre, com uma participação mais que especial de Nando. 

Um conceito diferente:  
Esse álbum entrou numa ideia diferente, num som novo para a banda, trazendo elementos do Rock Psicodélico e o Space Rock, que é um tipo de som em que várias coisas são aproveitadas, como som de ventos, eco, animais e etc, várias coisas que podem ser ouvidas ao longo do álbum.  
De acordo com o guitarrista Marcelo Gross, a ideia era resgatar influências da banda, sons que eles ouviam na adolescência como Rock dos anos 70 como Pink Floyd, Led Zeppelin, Jethro Tull e muitas coisas do Space Rock, fazendo o som ter mais cara de anos 70 do que anos 60, que era o que eles vinham fazendo nos últimos trabalhos.  

O nome:  

O nome do álbum se dá por causa de algumas influências específicas em algumas músicas, como por exemplo, na música "Amanhã", eles dizem terem se influenciado no filme Mar Adentro; e a música "Pessoas Vazias" foi inspirada no falecido ator, comediante e cantor britânico Peter Sellers (não me perguntem o porque das influências, não vou saber responder).   

O álbum: 


Com uma das capas mais hipsters de todos os tempos, a banda Cachorro Grande meio que entra mas não entra num processo de metamorfose, fazendo mais experimentos, alguns que não durariam, outros que iriam prever outras fases da banda (mais nisso daqui a pouco).  

O Tempo Parou/Sabor a mil: A música mostra uma trend desse álbum que seria o Folk Rock, que teve pouca participação no último álbum, voltou com tudo dessa vez. Uma música um tanto quanto diferente, com mais participação do banjo do que da guitarra, emendando com outra música no final, não sei exatamente o que pensar dessa música.  

Dance Agora: Um dos singles desse álbum, Dance Agora tem uma pegada mais dançante, até flertando com música eletrônica, coisa que viraria trend para a banda poucos anos depois. Uma música que fala sobre a juventude antenada, com certeza tem o seu valor, mesmo não sendo uma das mais fortes da banda. 

Amanhã: Música já citada aqui, amanhã tem um clima meio surrealista/sobrenatural, mexendo com a ideia de paraíso e a vida após a morte, a música também tem uns arranjos meio indianos, o que me faz pensar se a banda se inspirou com a novela Caminho das Índias, no ar na época (sarcasmo). 

Por Onde Vou: A MÚSICA MAIS FORTE DO ÁLBUM. Por Onde Vou fala sobre reconstrução e incertezas da vida, uma música meio triste e meio alegre, com um riff que te faz pensar em várias coisas, é o tipo de som que transcende épocas, de fato uma música muito bonita.  

A Alegria Voltou: Numa pegada mais alternativa, a música é familiar aos ouvidos dos fãs mais antigos da banda, que tem picos dos primeiros álbuns, mas também bebe um pouco da fonte do Pista Livre, uma música que com certeza é agradável e poderia se encaixar tranquilamente em qualquer trabalho anterior da banda. 

A Hora do Brasil: Aqui nós vemos o Space Rock fazer a sua presença nesse álbum, com pequenos fragmentos do programa radiofônico estatal "A Voz do Brasil", mas além disso também temos a presença de uma guitarra mais alternativa e um pouquinho mais de teclado, o que trouxe um bom resultado, produzindo uma das melhores músicas do álbum. 

Diga O Que Você Quer Escutar: Com uma presença maior do baixo e guitarra, a música cantada por Marcelo Gross com certeza é um up ao álbum com seus arranjos e melodia bem estruturadas, mas o único ponto ruim que eu tenho sobre é a letra, que é um pouco confusa, com brincadeiras de palavras que acabam não levando a nada muito importante, mas não tira muito da música.  

Ela Disse: Pegando um pouquinho de jazz, a música trás uma paz e calmaria para um álbum que até agora tinha sido mais sobre músicas dançantes e acaloradas, seguindo a linha da banda, mas essa não, mas foi uma mudança bem vinda, uma música interessante.  

Ninguém Mais Lembra de Você: Voltando a linha dançante e divertida, Ninguém Mais Lembra de Você faz uma boa parceria com Dance Agora, sendo uma das mais balançantes deste álbum. 

Luz: Uma música que se intercala com o passado e o presente da banda, começando com arranjos de banjo e arrebatando com raiva na hora do refrão, com as famosas gritarias de Beto Bruno.  

Eileen: Uma das músicas mais diferentes do álbum, mas nem sempre mudança significa algo bom. Eileen tem muita presença de eco, que aliado a tentativa de voz aguda de Beto Bruno não faz a música nenhum favor, fazendo essa ser a música mais fraca do álbum. 

Pessoas Vazias: Uma música um tanto quanto parecida com sua anterior, mas com mais presença de guitarra e bateria, mas ainda assim com eco, que dessa vez está reduzido, então não tira tanto da música. 

Nota: 7,5/10: Quando chegou a hora de falar sobre esse álbum, fiquei meio que receoso, já que Cinema nunca foi um álbum que eu gostei muito, mas quando revisitei o álbum, acabei gostando mais do que devia, então uma nota que seria mais baixa acaba aumentando. Cinema não é um álbum ruim, longe disso, mas consigo entender o fã que não gostou de primeira, mas ao menos o próximo álbum seria melhor.
   






terça-feira, 9 de julho de 2019

Cachorro Grande: Todos os Tempos Review #04 O melhor álbum?


Olá pessoal, finalmente depois de muito tempo o quadro está de volta, e hoje, nós vamos falar do álbum Todos os Tempos, da Cachorro Grande, lançado em Junho de 2007, sendo o quarto álbum de estúdio da banda gaúcha, sucedendo o sucesso Pista Livre, do ano de 2005, com a missão de não deixar a peteca cair.  

Colhendo os louros do sucesso: 

A banda nesse período de 2005 pra 2007 passou por seu melhor período comercial, tendo a oportunidade de uma exposição bem maior na TV, tocando no Acústico de bandas gaúchas da MTV e no Show da Virada da Globo em 2005. Outro exemplo de coisas que eles fizeram foi uma propaganda para o globoesporte.com (junto com vários outros artistas bombados da época como Tianastácia e o Lucas Silveira, do Fresno) em que Beto Bruno aparecia como torcedor do Internacional, que não acrescentou muito a banda, mas como é bem tosquinho, acho que vale a pena ser compartilhado.
 


Os antecedentes do álbum:

Mesmo com todo o sucesso chegando, não quer dizer que a banda deixou de trabalhar. Já no meio do ano de 2007, a banda se preparava para lançar o seu novo álbum, e trabalharam duro em divulgação, usando de uma maneira nova na época para se divulgar que era disponibilizar as faixas para ser compradas na internet um mês antes do lançamento nas lojas (inclusive foi uma das primeiras bandas a fazer isso) e junto a isso, eles também fizeram um site com o nome do álbum, mostrando detalhes de produção e curiosidades sobre as músicas (infelizmente esse site hoje não está mais no ar), mostrando toda a força que a Deckdisk deu pra eles, agora vamos falar do álbum em si.

Todos os Tempos foi um álbum que acentuou mais e mais a evolução musical da Cachorro Grande, que deixou mais de lado o som mais agressivo dos primeiros trabalhos, trocando por um som mais elaborado, mais melódico, flertando com o britpop, fazendo eles ganharem cada vez mais a alcunha de Oasis Brasileiro, mas aparentemente isso não é uma coisa que incomodou Beto Bruno, já que ele chegou a declarar que "foi por álbuns assim que eu quis virar músico" então será que podemos dizer que esse é o melhor álbum deles? Vamos descobrir:    

O álbum: 
  


Você Me Faz Continuar: Uma música simples e fácil, uma baladinha romântica que é fácil de se curtir. É um bom início para o álbum, fazendo meio que um link com o último álbum da banda, que tinha algumas músicas com essa pegada, como Sinceramente. É uma das músicas mais reconhecidas desse álbum, mas eu não sou muito fã, mesmo não achando uma música ruim.   

Conflitos Existenciais: Música com pegada totalmente fiel ao trabalho raiz da Cachorro Grande, com Beto Bruno gritando o mesmo que no primeiro álbum, uma faixa que poderia facilmente fazer parte dos dois primeiros trabalhos da banda e ninguém ia notar a diferença.  

Roda Gigante: A MELHOR MÚSICA DO ÁLBUM (de longe)! Roda Gigante entra facilmente no top 5 de melhores músicas da Cachorro Grande (o que aliás é uma boa ideia para o futuro), é uma música que bebeu um pouquinho de Neil Young (até um riff de uma de suas músicas) mas nada que diminua a grandeza dessa música, que fala sobre uma viagem de LSD, e que nos leva também para uma viagem (sem os alucinógenos, é claro) com a voz leve do Beto Bruno alinhado ao riff.  

Sandro: Outra música boa que não é a minha favorita, mas uma coisa que deu pra perceber é que o riff inicial é uma cópia cagada e cuspida de uma música da banda Bouncing Souls, que é uma banda Punk muito boa inclusive, só que não é exatamente uma banda conhecida, então eu me pergunto qual dos membros da Cachorro Grande que encontraram essa música ou se eles copiaram sem querer (acontecem nas melhores famílias isso de você ter uma ideia que você pensa ser original, mas você apenas copiou sem saber).      

Deixa Fudê: Essa música é meio especial por ser a única música que foi cantada por Rodolfo Krieger, baixista da banda, que teve a oportunidade de mostrar seus talentos no vocal, e devo dizer que ele não foi mal, anos depois ele voltaria a explorar esse seu lado após lançar um single chamado Louvado Seja Deus (com participação de Arnaldo Baptista). Sobre a música em si, não tenho muito o que falar, boa, mas nada fora da curva.  

Na Sua Solidão: Uma das inovações desse álbum. A música trás uma pegada diferente de tudo o que o Cachorro Grande fez até ali, com uma pegada mais folk, bebendo mais da fonte do Neil Young. Sem dúvidas uma surpresa bem vinda, ao desenrolar da música, você vai se apaixonando cada vez mais por sua melodia.   

Hoje Meus Domingos Não São Mais Depressivos: Talvez a música mais obscura da banda (e quando eu digo obscura, eu digo no sentido de estranho) já que não é bem uma música, mas sim apenas um instrumental, mas mesmo assim esse instrumental é estranhamente satisfatório para mim, parecendo uma vinheta de Talk Show. Me faz pensar o motivo deles terem colocado isso no álbum, mas eu adorei mesmo assim, adorei esse instrumental e ele é um dos motivos que esse álbum cresceu tanto na meu conceito ao longo dos anos, e eu queria estar brincando.   

Nunca Vai Mudar: Essa é a música sofrência do álbum, aquele tipo de música pra se ouvir quando se estiver na fossa pelo fim de um relacionamento, e é muito boa. Os tons de melancolia e de vazio vão crescendo junto com a voz de Beto Bruno, que vende muito bem os sentimentos de tristeza e fossa que essa música passa.   

Quando Amanhecer: Outra música com foco em relacionamentos, mas dessa vez num encontro de uma noite só. Quando Amanhecer é uma música bem estruturada, lembra bastante um rock dos anos 60, algo dos Mutantes, dos Beatles, sem dúvidas uma ótima música que também trás um pouco de melancolia junto.   

O Que Você Tem?: Um dos destaques do álbum na minha opinião. Uma música que fala sobre um encontro meio não planejado, essa música traz o Gross como vocal principal e o Beto Bruno fazendo o apoio. Com uma dinamicidade no riff, a música lembra um pouco Beatles e Rolling Stones, e as referências acrescentaram, deixando a faixa mais rica, deixando a mais interessante.  

Nada Pra Fazer: Outra música bem sofrência, que tenta forçar mais o sentimento de tristeza do que Nunca Vai Mudar, mas acabou que não conseguiu, mas o que não tira nada da música, continua boa, mas se for pra ouvir uma música pra sofrer, eu prefiro ouvir Nunca Vai Mudar que consegue tocar mais na ferida quando a gente precisa.    

O Certo e o Errado: Uma música nova que foi retirada exatamente do segundo álbum, com guitarradas e gritarias mais acentuadas, pra mim não deveria ter fechado o álbum, poderia ter entrado antes para que Nada Pra Fazer derrubasse o ânimo para mandar o pessoal pra casa, mas fazer o quê? 

Nota do álbum: 8,5/10: Um álbum que demonstra um amadurecimento da banda, um som mais leve e mais elaborado, que tem vários pontos positivos que acabam se sobrepondo nos negativos (que são bem poucos mesmo) trazendo a ideia de evolução e experimentação da banda, tema que seguiria bem forte no próximo álbum, que será revisto por mim no próximo post. 

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Qual será o futuro de Neymar?


Por incrível que pareça, ninguém vem tendo uma vida mais difícil do que Neymar. Após uma Copa do mundo apagada, algumas lesões, derrotas difíceis de engolir no PSG pela Champions League e pela Copa Francesa e os diversos escândalos extra campo envolvendo o nome do jogador brasileiro, as coisas andam difíceis para o menino Ney. E além de tudo isso, ele teve que ver de fora o reencontro da seleção brasileira com os títulos, coisa que não acontecia a seis anos, após o triunfo na Copa América, levantando mais dúvidas e desconfiança do povo brasileiro, que agora nutre uma opinião mista que o Brasil só foi campeão porque Neymar não estava lá, tem como ficar pior pra ele?   

Em momentos de incerteza, é sempre bom buscar um relaxamento físico e mental, e foi isso que Neymar fez, aproveitou seu tempo de molho por causa de uma lesão para encontrar paz interior e retornar a igreja que costumava frequentar quando criança, com certeza com milhões de coisas na cabeça, buscando uma resposta de uma força exterior para ajudá-lo a lidar com seus dilemas profissionais e pessoais, como por exemplo, "Será mesmo que eu atrapalho o desenvolvimento da seleção?", "Qual deve ser o meu próximo passo?", "O que faço para reestruturar a confiança das pessoas e a minha?".     

Neymar sem dúvida é um jogador muito importante taticamente para a seleção brasileira, mas na mesma proporção de suas habilidades, está o burburinho ao redor do seu nome simplesmente pelo jogador ser uma figura midiática que muitas vezes se sobressai a figura de jogador. Ao longo de sua carreira, Neymar já encarnou diversas facetas: A de ator, a de estrela comercial, a de garoto mimado, a de garoto problemático e agora chegou ao último estágio, chegou as páginas policiais. Recentemente o jogador apareceu mais no Jornal Nacional e no Brasil Urgente do que no Globo Esporte, e isso é um péssimo sinal de que a sua vida extra campo está se sobressaindo mais do que seu trabalho, que também não anda muito bom, se fosse qualquer outro jogador fazendo as coisas que o Neymar fez, já seria rapidamente desconvocado da seleção, mas provavelmente por muitas questões internas (principalmente questões publicitárias, já que se Neymar fosse cortado da seleção, provavelmente os patrocinadores iriam bater de frente com a CBF, já que Neymar é uma figura que atrai audiência) ele não seria rifado da seleção, mesmo não merecendo estar lá, ainda mais com o suporte do Tite, que disse recentemente que "a seleção é Everton Cebolinha, Neymar e mais nove", então ele tem apoio, o que ele precisa agora é conseguir recuperar seu bom futebol jogando no melhor ambiente possível, mas qual seria? 

Sem dúvida esse ambiente não é na França, no PSG, já que Neymar, após bater num torcedor, meio que tornou a situação meio insustentável, e depois que ele se recusou a se apresentar para a pré temporada do clube de Paris, acho que está bem claro que ele deseja sair do PSG, mas a questão seria pra onde ele iria.  

Alguns dizem que o futebol Inglês seria uma boa para ele, já que é um futebol competitivo, com bastante qualidade e visibilidade para ele se mostrar e recuperar o seu prestígio. Outros até dizem que Neymar deveria migrar de um clube rico para outro clube rico, saíndo do PSG para o Manchester City e ter a oportunidade de trabalhar com Gabriel Jesus e Pep Guardiola, mas será que esse é o caminho certo? Neymar já tentou ir para um clube do mesmo nível para se tornar a estrela da equipe, mas gente como Mbappe acabou levando o destaque e o protagonismo para si, e o Manchester City já é uma equipe recheada de craques como Aguero, De Bruyne, Sterling e etc, então talvez seja mais difícil para o jogador brasileiro se firmar.     

Para mim, o passo mais lógico seria uma volta ao Barcelona, mesmo que signifique ter que assumir que errou em sair, mas no momento a equipe catalã é a única equipe no radar de Neymar que tem tudo que ele precisa para ter destaque: Grandes jogadores e peso na camisa (coisa que ainda falta ao PSG e Manchester City). Sem contar que revistar o Barcelona significa também revistar seus grandes amigos Lionel Messi e Luiz Suarez, que juntos formaram o inesquecível trio de ataque MSN, que encantou o mundo com seu futebol. Jogar de novo com os amigos num clube com tradição pode animar Neymar e dar a chance dele de ir longe e ser importante nas competições com visibilidade como a Champions League, fazendo ele recuperar a confiança das pessoas e talvez fazer com que ele mesmo recupere a auto confiança em seu futebol, o que talvez seja o mais importante.

O jogo da vez: WWE Smackdown! VS RAW 2011 (PS2)


Senhoras e senhores, hoje o post é bem especial para mim. A pauta de hoje é sobre uma coisa que eu adoro: WWE, e se tem uma coisa que um fã de WWE gosta muito é dos jogos da WWE, que vem desde as máquinas de fliperama até os consoles atuais, sem duvidas uma coletânea recheada de jogos maravilhosos e marcantes seja o console que você joga. E hoje eu vou falar sobre o meu jogo preferido de WWE, o primeiro jogo de luta livre que eu realmente joguei e que me fez virar fã desse mundo das lutas, o WWE Smackdown! VS RAW 2011 (ou SvR 2011), mas eu vou falar da versão de PS2 porque foi a que eu joguei.   

Esse jogo foi lançado no final de 2010, numa época em que a geração do PS2 já estava enterrada a sete palmos de baixo da terra, já que o PS3 e Xbox 360 chamaram toda a atenção pra si, mas nem por isso pessoas como eu, que não tem dinheiro para comprar um brinquedinho mais caro para seguir no ritmo da tecnologia, ficaram só chupando dedo, já que pelo menos as produtoras que tinham franquias anuais, como PES e FIFA, ainda faziam versões para o PS2, e a THQ (detentora dos direitos dos jogos de WWE na época) não fazia diferente, todo ano eles lançavam o port dos jogos de WWE para o PS2 (quer dizer, todo ano até 2010, já que o SvR 2011 foi o último da franquia a ter uma versão para o Play 2, isso se a gente esquecer do WWE All Stars, lançado em 2011) mas como desde 2006 o foco era nas versões de PS3 e Xbox 360, os jogos de WWE para PS2 costumavam ser bem limitados, o que torna um tanto quanto esquisito eu fazer review de uma versão num vídeo game ultrapassado, mas como eu sou bem pentelho, vou fazer mesmo assim (afinal o que a THQ vai fazer contra mim? Eles tão falidos, eu não) então vamos em frente.  

- Grandes omissões do jogo 


O SvR 2011 foi o jogo em que mais se dava para perceber a diferença entre os consoles da 6° para a 7° geração, já que enquanto nas versões de PS3/Xbox 360, o jogo tinha gráficos superiores e uma física nova super realista em que mesas eram quebradas de uma forma mais simples, o PS2 acabou retendo a física antiga em que se você tentasse jogar o oponente numa mesa, a mesa era afastada para longe e não quebrava, tornando tudo meio esquisito. Além disso, quem resolveu ficar com vídeo games antigos acabou sendo privado do modo Superstar Threads, que nos deixava mudar a cor da roupa dos lutadores, podendo criar belas combinações de cor e criar roupas alternativas. Esse modo na verdade já havia sido privado antes, já que o Smackdown VS RAW 2010 também tinha esse modo, só que para os consoles modernos. Podemos argumentar que esse modo não foi incluído porque o PS2 não tinha capacidade para isso, mas eu já vi esse recurso em outros jogos de luta do PS2, então qual é o motivo de não colocar no PS2? Pra mim, a única razão plausível é o descaso, já que outros detalhes pequenos também ficaram exclusivos para a geração nova, como por exemplo, o jogo no PS2 não anuncia um lutador com um cinturão como campeão sendo que em jogos antigos o jogo anunciava o campeão. A única maneira de um lutador ser anunciado como campeão é se ele for um lutador criado pelo player.   
 
Mas a maior omissão foi no departamento de personagens que podiam ser utilizados no jogo. O SvR 2011 foi o segundo game a ter DLC, mas foi o primeiro a fazer um hábito nojento que até hoje permeia os games de WWE: Colocar lutadores importantes no DLC do jogo. De lutadores novos no jogo, os pacotes de DLC deram: Lex Luger, British Bulldog, Chris Masters, Layla e o Nexus (representado por Wade Barrett, Justin Gabriel e David Otunga) o que limitou esses lutadores aos jogadores de PS3 e Xbox 360.     
 
Eu entendo que a inclusão do Nexus no DLC foi simplesmente para dar um boost nas vendas do pacote, semelhante a decisão de incluírem a Ronda Rousey e o Rey Mysterio no WWE 2K19, mas não torna menos injusto, primeiro porque o Nexus foi uma parte muito importante da WWE em 2010, importante de mais para serem ignorados e privados nos games de todos; e segundo porque eles estrearam em Junho, o que ainda daria para serem incluídos no elenco principal do jogo, mas infelizmente eles preferiram incluir lutadores inúteis como Vance Archer e Mike Knox dentro do jogo ao invés de colocar o Nexus como membros do jogo ao invés de DLC. Eu sou da teoria que DLC de jogo tinha que ser conteúdo adicional, não conteúdo que já deveria estar no jogo. Eles poderiam ter incluído pelo menos os nomes dos lutadores, a música e a roupa do Nexus nas versões de consoles datados para que os players pudessem criá-los com facilidade.     

Outras omissões marcantes foram as de Daniel Bryan e Alberto Del Rio, que estrearam na WWE ao longo do ano de 2010 (Daniel estreou junto ao Nexus, mas como foi demitido por enforcar o Justin Roberts com a gravata, acabou perdendo seu espaço no jogo) o que já tornou o jogo atrasado e desatualizado por tabela, outro problema que assola os jogos de WWE.   

- Novos modos  
 
 

Apesar de algumas ausências, a versão de PS2 ainda possui o principal e o necessário para divertir, com os dois modos principais do jogo: WWE Universe e Road to Wrestlemania. 

O WWE Universe é um modo em que você vive uma temporada inteira da WWE, começando no RAW pós Wrestlemania 26 e seguindo até a próxima Wrestlemania, contabilizando um ano no calendário, mas apesar disso, o modo não acaba, é infinito, e o objetivo dele é te dar o poder de comandar a WWE e definir basicamente tudo: Os lutadores que lutam pelo título, o show que os lutadores vão atuar, pode se criar times, pode se separar times e etc. Um modo que lembra um pouco o saudoso GM Mode, mas um pouco diferente, já que você não comanda um show, você comanda todos os shows, num conceito bem diferente e revolucionário para a época. Infelizmente nem tudo é perfeito e esse modo também tem suas falhas, muitas delas que foram corrigidas ao longo do tempo, como por exemplo a falta de customização, já que você não pode montar de fato o seu calendário, tem que jogar com o que o game te dá; outro problema é os ataques randômicos que acontecem ao longo da jogatina, já que o game produz cutscenes que podem gerar histórias, mas o problema é que a maioria delas acontece de uma forma aleatória, especialmente quando você está planejando uma história, aí o game vai lá e muda a direção do nada, coisa que diminuiu bastante ao longo de outros lançamentos.  

 

O Road to Wrestlemania não é exatamente novo, mas ganhou uma nova roupagem que dá uma experiência nova ao player, já que agora você pode andar com o seu personagem em 3° pessoa, ao estilo GTA, além disso, você pode jogar 5 histórias diferentes, sendo elas: 

- Vs Undertaker: Quem conhece um pouco de WWE já ouviu falar na criatura mítica que é o Undertaker, um lutador "zumbi" com poderes sobre humanos que é muito poderoso, e sua marca principal é a sua sequência de vitórias na Wrestlemania (maior evento da WWE) numa marca que na época era de 18V-0D, e a sua missão é quebrar essa sequência, assumindo o controle de Dolph Ziggler, John Morrison, R Truth, Kofi Kingston ou um lutador criado, você embarcará numa aventura sobrenatural e surrealista tentando se provar para as pessoas que você tem a capacidade de derrotar Undertaker na Wrestlemania.  

- Chris Jericho: Jogar sujo também faz parte da vida. Você encarna na pele de Chris Jericho, um veterano bem arrogante cujo objetivo é se tornar campeão da WWE, mas ele não consegue vencer o campeão, Triple H. Você irá embarcar numa jornada cheia de emoção e pancadaria, usando de todos os artifícios possíveis (legais e ilegais) para chegar a seu objetivo: O título máximo da WWE.  

- John Cena: THE CHAMP IS HERE! O rei da garotada, John Cena conseguiu uma chance para enfrentar o campeão da WWE, Randy Orton, mas um monte de adversidades afastam Cena do seu objetivo, mais precisamente a proteção especial que Randy Orton tem com a Legacy (Ted DiBiase Jr e Cody Rhodes) e Vladimir Koslov e Ezekiel Jackson. No meio termo, um determinado MVP vence o Royal Rumble em busca do seu lugar ao sol, os dois se unem para tentar acabar com o reinado de terror de Randy, mas as coisas complicam. Entre numa jornada sobre amizade e adversidades para vencer o título da WWE. 

- Rey Mysterio: Após um acidente de carro, Rey Mysterio perde a memória e fica meio confuso, duas pessoas aparecem para ajudá-lo na recuperação: Jack Swagger e Evan Bourne,  mas quem está mesmo do lado dele e quem está tentando usá-lo? Isso é o que você precisa descobrir. Numa jornada com múltiplos caminhos, você entrará numa verdadeira novela para conseguir vencer o título Mundial dos Pesos Pesados.   

- Christian: Uma hora você tem tudo, outra hora você não tem nada. Christian era o rei da ECW, mas por uma jogada do destino, acabou indo parar no Smackdown!, onde ele encontrou um velho amigo em Edge, o que faz eles resgatarem uma parceria do passado. Entre numa jornada divertida, cheia de nostalgia e quebra da quarta parede, num caminho que pode te levar aos títulos mundiais na Wrestlemania.  

-Modos de criação 

 
 

Qual é a graça de jogar WWE e não criar seu lutador? Pois é. Apesar da falta do Superstar Threads, a versão de PS2 não desaponta no quesito criação, dando liberdade para o player fazer o que quiser, podendo criar seu lutador, a entrada dele (que pode ser super complexa ou bem simples), determinar os golpes, e até criar um Finisher, que pode ser um golpe devastador ou apenas uma bobeira engraçada.  

Outro recurso muito aclamado é o Create a Storyline, que voltou do jogo passado, no qual você cria suas histórias personalizadas, o que pode ser um belo artifício para quem joga o Universe para tirar todas as promos da imaginação e dar um toque a mais nas suas rivalidades.   

O Veredito:  

 
 

Apesar da versão de PS2 ter suas limitações, o jogo continua sensacional de ser jogado, independente da plataforma. WWE Smackdown! VS RAW 2011 sem dúvida fez história nos jogos da WWE, e por uma boa razão, é um jogo lotado de diversão para todo o tipo de player, até mesmo quem não conhece muito bem WWE pode pegar esse jogo e ter uma ótima experiência de gameplay. 

Nota: 9,6/10
 
 
 

sábado, 6 de julho de 2019

Post n° 100: Conversando sobre o blog


Cem, uma palavra que pode ter diversos significados, pode ser escrita de várias formas, como em número (vide número 100). Cem pode significar o topo, pode significar tudo, 100% de aprovação, 100% de aproveitamento, mas também não pode significar nada, pode ser algo sem valor, sem chance de acontecer, tudo depende do ponto de vista, da maneira que se escreve, do contexto que ele está envolvido. E sei que nesse contexto o número 100 não significa muito pra vocês, mas pra mim tem um significado bem sensacional (ok, me desculpem por isso). 

No dia 20 de março de 2016, uma noite de domingo, usando o notebook do meu irmão no sofá da sala, eu dei início a uma nova história. Uma história que não era novidade pra mim, já que a experiência de criar blogs eu já tive, mas nenhuma foi tão diferente como essa. Eu tive 5 blogs antes de criar o Coisa Minha, um de tirinhas meme em 2012; outro sobre TV, em 2013;  um blog chamado Tudo e Mais um pouco, em 2015 (que podemos dizer que foi o protótipo do Coisa Minha); um blog de notícias de TV em 2015 também; e o Bloggagem Independente, em 2016, que como o nome já sugeria, eu iria fazer minha bloggagem (tendeu? Já que a hospedagem é do Blogger) independente de modas, independente de público, independente do tema, eu iria escrever sobre o que me estimulava, o que me deixasse à vontade, mas por algum motivo eu abandonei mais um blog, até que tive um estalo na minha cabeça alguns meses depois e as ideias foram surgindo e eu estava jorrando-as na interweb, e assim se passaram 3 anos e meio, quase 70.000 visitas e, agora, 100 posts para chegarmos até aqui.      

O Coisa Minha foi um espaço idealizado para ser pessoal (mesmo que eu quase nunca tenha desabafado nada por aqui) em que eu sentia liberdade de abordar qualquer assunto, escrevendo da forma que eu quisesse, sem ter que me importar em escrever corretamente ou sem ter que me preocupar com formatações, não me preocupar em monetizar o blog ou postar com frequência (aliás, me desculpem por isso, lol) só para eu matar minha vontade de escrever, e foi uma jornada incrível, e continuará sendo, mas se torna cada vez mais legal por vocês estarem aqui, então MUITO OBRIGADO, PESSOAL.   

Agora vamos parar de falar de sentimentalismo e vamos seguir em frente. Apesar de todo esse papo meloso, não, eu não estou parando o blog (para a tristeza geral da nação) mas sim quero melhorá-lo e ficar ainda mais satisfeito com o conteúdo descrito aqui, por isso peço a você, leitor querido, ideias do que posso fazer neste espaço, já que é uma ideia inteligente fazer isso, então estou aceitando sugestões de pautas para posts futuros, se vocês quiserem ajudar esta pobre alma aqui, deixe nos comentários a sua ideia, ou mande para mrgguimaraes7@gmail.com e nós trocamos uma ideia, eu te dou os créditos e ainda pode rolar mais negócios entre nós. 

Além das pautas de vocês, eu também tenho minhas ideias, e vou expor só um pouquinho pra vocês pra não encher ninguém de esperanças, eu já tentei seguir uma programação e falhei miseravelmente porque eu procrastino muito, então as coisas não andam.  
Prioridade n° 1: Eu quero terminar a série sobre os álbuns da Cachorro Grande. Eu sei que a ideia era acabar até o fim do ano passado, mas sabe como é, né? Então como a banda vai fazer seu último show no dia 13/07, essa é a minha deadline, tenho ainda quatro álbuns pra cobrir e vou fazê-los até o próximo sábado, e eu vou conseguir ou meu nome não é Armando Bagunça. 
Prioridade n°2: Eu quero focar em fazer mais reviews de séries e livros. Todos os posts desse estilo deram muitos views aqui, em especial a resenha da parte 5 de The Ranch, que deu bem mais do que eu esperaria um dia, então porque não continuar? Vou fazer reviews de séries que já vi, de série velha, de série nova, de livros, tudo que der pra eu soltar minha opinião irrelevante, eu vou soltar. 
Prioridade n°3: Quero escrever mais sobre esportes. Gosto de esportes e é um dos assuntos que entendo um pouquinho, e sei que tem muito público pra isso, então vou falar sobre os principais campeonatos de futebol e outros eventos que me chamem a atenção, também pode rolar um editorialzinho de vez em quando também.    
Prioridade n° 4: Quero fazer uma série sobre eventos televisivos. Se vocês acompanham esse blog, sabem que uma coisa que eu gosto de falar é televisão, é um veículo que me fascina, mesmo eu sendo dos anos 2000, o que automaticamente já me faz ter um vínculo maior com internet, o que não deixa de ser verdade, mas TV é top também, por isso quero falar sobre eventos importantes, fazer reflexões sobre o "tubo infecto".      
Prioridade n° 5: Criar histórias de ficção. Essa é uma boia que eu canto a muito tempo aqui, mas nunca tive a disciplina pra fazer, e possa ser que eu nem tenha e que isso aqui não aconteça, mas tenho umas ideias que queria tirar do papel e seria bem legal se eu conseguisse, então eu vou tentar tirar alguma coisa da minha cabeça, mas se alguém quiser ajudar seria legal (manda um e-mail para mrgguimaraes7@gmail.com).

E por hoje é só, acho que conseguir focar em todos os pontos que queria, as prioridades são coisas que quero fazer, mas não quer dizer que vão acontecer, já que a vida é uma caixinha de surpresas, mas eu quero e vou tentar me empenhar. Obrigado a você que leu até aqui, e até a próxima.