10 anos atrás, numa segunda feira, dia 17 de março de 2008, estreava no horário nobre da Band o programa Custe o que Custar, o programa que na época era visto como uma aposta promissora para tornar a Band a emissora cult da TV aberta, mas acabou conquistando muito mais: O programa lançou tendências, humoristas consagrados, ressurgiu a carreira de Marcelo Tas e além disso, teve um grande impacto na internet e no jornalismo, principalmente na forma de cobrir política.
No começo, o programa foi tímido de audiência, mas era aclamado pela crítica e logo as pessoas começaram a abraçar o programa também, especialmente por causa matérias chocantes e inovadoras para a época, como o Teste de Honestidade, Proteste Já, as matérias em Brasília, e claro, o segmento Top Five (o que foi o verdadeiro catalisador do programa) em que os apresentadores brincavam com 5 momentos bizarros que haviam acontecido nos programas de TV naquela semana, era um tipo de brincadeira com metalinguagem que era totalmente diferente do que era oferecido na época por programas como o Pânico (que era infantil e agressivo) e o Casseta (que só brincava com os programas da Globo), era algo refinado e inteligente, e quebrava vários padrões por brincar com gente de outra emissora dessa forma.
Pra mim, o programa era maravilhoso porque basicamente me apresentou a grandes humoristas (Rafinha Bastos, Danilo Gentili, Oscar Filho, Maurício Meirelles e outros) e ao mundo do stand up, mas além disso, o programa fez críticas importantes, como mostrar que o autoritarismo e falta de vergonha andam lado a lado com os políticos, além de mostrar como a população contribui para que esses políticos sejam corruptos também, passando a ideia de que não somos muito melhores do que esses caras de terno em Brasília que xingamos todo dia enquanto assistimos o Jornal Nacional.
Infelizmente nos últimos anos, o programa perdeu essa identidade de anarquistas que tinham, sejam por proibições dos políticos, da própria emissora, ou das inúmeras baixas no elenco, o programa acabou morrendo de uma forma chocha e triste em 2015, mas a Band prometeu trazê-lo de volta, mas com a crise econômica que a Band passa, é bem provável, mas ainda me faz imaginar: Será que o programa daria certo com toda essa crise política de 2016 até agora?
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