cookieOptions = {msg}

Páginas

sábado, 22 de dezembro de 2018

Cachorro Grande (2001) Review #01: O primeiro álbum da banda

Resultado de imagem para cachorro grande album 

A Cachorro Grande está encerrando suas atividades, e como prometido, irei começar uma série no blog divagando sobre todos os álbuns e suas histórias, além de falar um pouco sobre seus principais destaques na minha opinião. Nós começaremos justamente do início,  no primeiro álbum lançado pelos gaúchos, em 2001, mas antes, vamos ao background da banda.     

O início:

A Cachorro Grande foi fundada no Rio Grande do Sul, em 1999, e tinha uma formação composta por Beto Bruno (vocalista), Marcelo Gross (guitarrista), Pedro Pelotas (tecladista), Jerônimo Bocudo (baixista) e Gabriel Azabuja (baterista), eles se juntaram para dar início ao sonho de viver de Rock and Roll, mas eles não eram iniciantes nesse meio. Beto e Jerônimo trabalharam juntos em uma banda chamada Malvados Azuis; Marcelo Gross já tocou com o lendário Flávio Basso, mais conhecido como Júpiter Maçã; Azabuja e Pelotas haviam tocado com Gross em outra banda, mas quis o destino que todos esses nomes se reunissem para formar a Cachorro Grande.  

O nome:

O motivo do nome Cachorro Grande foi revelado pelos integrantes em uma entrevista para o Jô Soares para a promoção do segundo álbum da banda (algo que falaremos em outro post) em que eles explicam que na época que eles ainda não haviam composto nenhuma música para a banda e eram essencialmente um grupo cover de bandas como Rolling Stones, Beatles e The Who, e que era muito difícil escolher um repertório, e que para escolher as músicas era uma "briga de cachorro grande" daí veio o nome da banda.  

O álbum:  


A banda demorou dois anos após a sua formação para lançar o seu primeiro trabalho, em 2001, com o álbum que levava o nome da banda como título. A repercussão não foi grande, o álbum foi lançado por uma gravadora independente e com isso o álbum não vendeu tanto, ficando mais em circulação apenas em território regional ao invés de nacional, mas nem por isso que a banda desanimou e conseguiu fazer um bom trabalho, mesmo com poucos recursos, então vamos ao que interessa, aos destaques do álbum (na minha opinião): 

Lunático: Essa música com o passar dos anos virou um clássico da banda e uma das músicas mais queridas pelos fãs, e não é pra menos, foi o primeiro single da banda e ganhou um clipe que tinha um ar bem seiscentista, lembrava um pouco os Beatles em sua origem, seja pela roupa que eles estavam usando, seja pelo som que eles faziam, que era algo simples e bem enérgico, já dava para perceber à atitude mais rockeira raiz mesmo, o que fez com o que a banda se diferenciasse da tendência no Rock brasileiro que estava para nascer. 

Sexperienced: É uma música um pouco boba, que tem uma letra simples e que te pega mais pelo ritmo e energia emanados do que por qualquer outra coisa, mas é perdoável, tendo a falta de experiência e vivência dos garotos, que eram jovens e acabavam fazendo letras não muito especiais.  

Lili: É a primeira musiquinha que envolve mais o uso do piano (e não será a última do álbum), e esse intermédio de outro instrumento ajudou bastante a música a se destacar no meu conceito, além de fazer referências a filmes antigos da Greta Garbo (atriz sueca dos anos 20) referenciando algo que ninguém ia pegar como toda boa banda underground faz.  

Pedro Balão: Essa música mais parece ser uma piada interna da banda, já que esse Pedro Balão pode muito bem ser o Pedro Pelotas, tecladista da banda, mas infelizmente isso é algo que a banda nunca revelou se de fato o tecladista é o "eu lírico" dessa música, mas de uma coisa eu sei, essa música é ótima, e é isso que me importa.  

Fantasmas: Com uma letra e atmosfera divertidas, essa música poderia facilmente estar na trilha sonora de algum filme do Renato Aragão que envolvesse fantasmas, já que é agitada, leve, sem nenhum tipo de palavrão e frenética, e também tem um teor um pouco infantil, o que torna a música divertida.   

Dia Perfeito: Outra música que envolve piano/teclado, Dia Perfeito seria meio que a baladinha romântica deste álbum, mas não é uma música forçada, tem uma melodia leve e até meio sexy, mas é uma sensualidade pura e não vulgar, o que faz com que essa música cresça. Outra coisa que é importante citar é que essa é a primeira música que o Marcelo Gross tem mais destaque no vocal, o que é um acerto tremendo, já que ele é um excelente cantor, ele tem a afinação que o Beto Bruno não tem (até porque não é o estilo dele).  

O Dia de Amanhã: Uma música mais simples de letra, mas que te ganha na melodia (assim como todas nesse álbum) mas ao invés de seguir a tendência agitada e pé na porta que quase todas as outras músicas tem, essa música prefere o caminho contrário, prefere uma melodia um pouco mais calma, até um pouco mais triste, mas que na verdade causa um efeito mais reflexivo do que qualquer coisa.    

Vai T.Q. Dá: Essa música é basicamente uma viagem muito louca dentro de uma música, já que tem várias transições dentro da mesma gravação, tem várias mudanças de melodia, uma hora a música tá devagar, outra hora a música tá rápida, outra hora a música está num solo violento, é um turbilhão de experiências.   

Nota do álbum: 9/10

E por hoje é isso, pessoas, os outros álbuns serão visitados ao longo da semana, fique ligado nos próximos capítulos dessa série.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário