Nesta sexta feira, dia 11 de janeiro de 2019, entrou no ar o último Vídeo Show, revista eletrônica da Globo sobre os bastidores da TV que durou 35 anos no ar. O anúncio do cancelamento do programa aconteceu na terça feira dessa semana e já foi limado do ar pra você ver como a situação estava crítica, já que o programa por muito tempo vem sofrendo na audiência, perdendo direto para a Record e o SBT, além das diversas reformas no formato, mudanças de apresentadores e etc.
O programa já vinha sofrendo desde 2011/2012, mais ou menos na época que a Angélica saiu e acabou o Vídeo Game, que pra ser sincero era o único motivo que me fazia assistir esse programa naquela época, já que o resto do conceito do programa não me prendia (e até hoje não me prende) pois o conceito do programa nada mais é do que uma revista eletrônica da Globo que só fala da Globo, ou seja, é um egocentrismo irritante e nojento que essa emissora tem.
Quando a audiência começou a cair, a Globo fez de tudo para salvar o programa, primeiro fez uma reforma visual e chamou Zeca Camargo para apresentar, transformando o Vídeo Show numa espécie de programa de auditório, o que não funcionou bem já que o Zeca Camargo tem um carisma de uma porta pra esse estilo de programa. O resultado disso foi a contínua queda de audiência.
Percebendo isso, a Globo resolveu chamar Otaviano Costa pra ajudar na causa, o que também não adiantou, então no início de 2015, a Globo perdeu a paciência e resolveu diminuir os recursos do programa, limaram o Zeca e deixaram só o Otaviano num estúdio pequeno, mas trouxeram a Mônica Iozzi para ficar com ele na bancada do programa fazendo brincadeiras, entrevistando os convidados e chamando as matérias.
Quem assistiu o programa na época sente saudade desse tempo com a Mônica, já que com ela lá, o programa ficou mais engraçado, ganhou um ar de imprevisibilidade (já que era ao vivo) e eles começaram até a quebrar alguns tabus da Globo, que era falar sobre outras emissoras, já que o Otaviano fazia imitações do Gil Gomes e Silvio Santos (nomes lendários do SBT) a Mônica já referenciou o CQC (antigo programa dela) no ar e várias outras coisas que fizeram o Vídeo Show ficar mais popular na internet, entre o pessoal do Twitter, mas não aumentou a audiência do programa, que continuou sendo ameaçado pela Record e o Balanço Geral.
Na minha opinião foi aí que começou um problema de grandes proporções não só no programa, mas também na Globo em si, que foi não saber mais se conectar com as pessoas que de fato assistem TV, porque depois que a Mônica saiu em 2016, o programa tentou fazer de tudo pra tentar agradar esse pessoal da internet colocando pessoas que esse pessoal gostava no ar, por exemplo, em 2016 (pouco tempo depois da saída da Mônica Iozzi) entrou na equipe de repórteres do Vídeo Show a Ana Paula Renault, uma ex BBB que fez bastante sucesso com as pessoas na internet e que havia sido expulsa do programa por agredir um participante. Essa mulher era chata, irritante, sem carisma e ainda tinha um bordão (o "OLHA ELAAAA") mas ela não foi a única famosinha de internet ou ex BBB que entrou no programa, Sophia Abrahão (que como atriz, a única coisa "relevante" que fez foi a versão brasileira de Rebelde) assumiu a apresentação e em agosto de 2018, nada mais que TRÊS EX BBB'S foram contratadas pra tentar salvar o programa (uma delas era a Ana Clara, que fez o vergonhoso "giro da Clara" que ela literalmente dava a volta no painel dela e dava a notícia) e dois humoristas para tentar trazer a graça de volta no programa (Maurício Meirelles e Carioca), mas como os dois não tiveram espaço suficiente (até porque o programa tinha coisas muito melhores, né?) não fizeram nada de mais pra aumentar a audiência, o que fez com que o programa fosse cancelado de vez (finalmente).
Mas o fim do Vídeo Show não é um caso isolado de um programa que estava desgastado e que ia acabar, essa má sorte vem perseguindo a Globo em outros programas também, e pode-se dizer que a queda na audiência é a resposta do público a essa tentativa que a Globo fez de "modernizar" seus programas, de colocar programas com um público mais velho pra falar de coisas no cotidiano dos jovens, ou com uma roupagem mais jovem. Além do Vídeo Show, nós temos o Encontro com Fátima Bernardes, que passa o programa dela falando sobre temas contemporâneos como feminismo e outras coisas, e sempre foi ameaçada pelos desenhos do SBT (talvez um karma por ter tomado o espaço da TV Globinho?) perdendo na audiência várias vezes. Outro exemplos notáveis são Malhação e Amor e Sexo (programa da Fernanda Lima) que são claras propagandas do progressismo na TV aberta e acabam pagando por tentar "lacrar" demais, já que a novela teen nos últimos anos vem apresentando audiências cada vez mais ridículas, chegando até a perder pra Record no horário, e o Amor e Sexo acabou sofrendo um boicote de moralistas por supostamente "denegrir a imagem da família brasileira" e não volta mais ao ar em 2019.
A Globo nos últimos anos resolveu entrar na onda da internet e resolveu adotar uma postura mais progressista, ou lacradora se você preferir, mas resolveram fazer isso pra programas que não tem esse público, falando de temas como ideologia de gênero e feminismo pra gente que não liga/concorda com isso. A Globo precisa entender que o jovem lacrador que eles querem atingir não assiste TV, ele assiste YouTube ou Netflix, ou ele simplesmente está no Twitter/Facebook fazendo textão reclamando do uso de canudos plásticos, por isso, o único jeito de trazer esses jovens pra TV é fazer um programa exclusivo pra esse público (vide Zero Um do Thiago Leifert que fala sobre games) ou pessoas que esse público gosta (vide Lady Night da Tatá Werneck, que está fazendo sucesso na TV paga).
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